A atividade militar conjunta teve a participação de um submarino nuclear da Marinha dos EUA. O governo venezuelano denuncia que os Estados Unidos e a Colômbia estão promovendo planos para desestabilizar o seu país.
"Por que tanta ostentação imperialista? É uma réplica da expansão da OTAN no Mediterrâneo da América?", questionou.
Por que tanta ostentação imperialista, é uma réplica da expansão da OTAN no Mediterrâneo da América? O narcotráfico, a guerra em Arauca, assassinatos sistemáticos e grupos terroristas não podem ser combatidos com submarinos nucleares. Eu rejeito categoricamente.
Para o ministro, "o narcotráfico, a guerra em Arauca [departamento na Colômbia], os assassinatos sistemáticos e os grupos terroristas não se combatem com submarinos nucleares".
11 de fevereiro 2022, 06:50
Segundo a Marinha colombiana, o exercício foi realizado a 130 quilômetros de Cartagena, e dele participou pela primeira vez um submarino nuclear: o USS Minnesota.
Por sua vez, o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, indicou que o treinamento "ratifica a confiança e a cooperação entre a Colômbia e os Estados Unidos na luta contra ameaças como o narcotráfico e na defesa de interesses comuns no Caribe".
O ano de 2022 começou violento na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, com o aumento da tensão entre grupos que se enfrentam intensamente desde a década retrasada.
Submarino nuclear USS Indiana (SSN 789), da classe Virginia, dos EUA.
CC BY 2.0 / Flickr.com / John Narewski / Marinha dos EUA / Handout /
Na semana passada, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou o presidente colombiano, Iván Duque, de equipar e treinar membros de uma organização criminosa que operava na região da capital venezuelana, Caracas.
As tensões entre a Colômbia e a Venezuela seguem aumentando devido à violência desencadeada em vários municípios colombianos localizados na fronteira. No último dia 18, militares da Venezuela desativaram 12 explosivos na fronteira com a Colômbia.
Nos últimos meses, autoridades venezuelanas ordenaram às Forças Armadas que reforçassem a implantação de tropas no estado fronteiriço de Apure.