Panorama internacional

Países que apoiaram guerras não têm o direito de condenar a Rússia, diz assessora presidencial síria

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e o ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, apertam as mãos durante entrevista coletiva em Moscou, Rússia, 21 de fevereiro de 2022
Os países que apoiaram as guerras na Síria, Iraque e Afeganistão não têm o direito de falar sobre o direito internacional e o conceito de consciência, afirmou à Sputnik a assessora presidencial síria, Luna al-Shibl.
Sputnik
Nesta segunda-feira (28), comentando a condenação da operação especial militar russa na Ucrânia pelo Ocidente, a assessora presidencial síria, Luna al-Shibl, afirmou que Rússia é obrigada a se defender.

"Os países que mataram milhões de pessoas desde a Guerra da Coreia, depois no Vietnã, Afeganistão e Iraque, e hoje na Síria e na Ucrânia, não têm o direito de falar sobre direito internacional, legitimidade ou consciência. Eles transformaram o mundo em uma selva onde os fortes comeriam os fracos. Portanto, a Rússia não apenas tem o direito, mas também é obrigada a se defender", disse al-Shibl.

A assessora presidencial continuou dizendo que a Rússia estava pronta para sanções, e o Ocidente sofreria mais com o bloqueio econômico de Moscou na situação atual do que a Rússia.
"Na situação atual, presumo que o Ocidente sofrerá mais com esse bloqueio do que a Rússia. De acordo com minhas suposições, a Rússia se preparou para tal cenário e, como grande Estado, é capaz de se adaptar, enquanto o Ocidente não está pronto para tal curso de eventos", disse al-Shibl.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, durante reunião extraordinária do Conselho de Segurança russo
Panorama internacional
Presidente russo assina decreto sobre medidas econômicas em resposta às ações hostis do Ocidente
Ainda segundo a assessora, a Síria pretende cooperar com a Rússia para lidar com as consequências das sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados.
"É claro que a Rússia nos apoiou e, sem dúvida, a apoiaremos", disse al-Shibl sobre a Síria contrariar as sanções em conjunto com a Rússia e Belarus.
A Síria apoia a operação especial da Rússia na Ucrânia, já que todo Estado tem o direito de se defender contra uma ameaça militar, disse a assessora presidencial síria.
"O Ocidente e os Estados Unidos usaram todas as oportunidades para prejudicar a Rússia política e militarmente: portanto, cada país tem o direito de se defender em caso de ameaça militar e deve fazê-lo. Sendo assim, como já disse, certamente apoiamos esta operação", ressaltou al-Shibl.
Panorama internacional
Negociações Rússia-Ucrânia terminaram em Gomel
A representante continuou dizendo que os "nazistas" na Ucrânia criam vídeos encenados e falsificam fatos da mesma forma que os representantes dos Capacetes Brancos fizeram.
"Vale a pena lembrar a guerra no Iraque e as acusações de presença de armas de destruição em massa. Colin Powell [ex-secretário de Estado dos EUA] mais tarde confessou essa mentira, dizendo que a informação era falsa. E hoje na Ucrânia, nazistas e fascistas criam cenários encenados e falsificam fatos – assim como os membros da organização terrorista Capacetes Brancos fizeram", disse al-Shibl.
A assessora presidencial acrescentou que Damasco não tem medo de novas possíveis sanções ocidentais relacionadas ao reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
Comentar