Panorama internacional

Países que apoiaram guerras não têm o direito de condenar a Rússia, diz assessora presidencial síria

Os países que apoiaram as guerras na Síria, Iraque e Afeganistão não têm o direito de falar sobre o direito internacional e o conceito de consciência, afirmou à Sputnik a assessora presidencial síria, Luna al-Shibl.
Sputnik
Nesta segunda-feira (28), comentando a condenação da operação especial militar russa na Ucrânia pelo Ocidente, a assessora presidencial síria, Luna al-Shibl, afirmou que Rússia é obrigada a se defender.

"Os países que mataram milhões de pessoas desde a Guerra da Coreia, depois no Vietnã, Afeganistão e Iraque, e hoje na Síria e na Ucrânia, não têm o direito de falar sobre direito internacional, legitimidade ou consciência. Eles transformaram o mundo em uma selva onde os fortes comeriam os fracos. Portanto, a Rússia não apenas tem o direito, mas também é obrigada a se defender", disse al-Shibl.

A assessora presidencial continuou dizendo que a Rússia estava pronta para sanções, e o Ocidente sofreria mais com o bloqueio econômico de Moscou na situação atual do que a Rússia.
"Na situação atual, presumo que o Ocidente sofrerá mais com esse bloqueio do que a Rússia. De acordo com minhas suposições, a Rússia se preparou para tal cenário e, como grande Estado, é capaz de se adaptar, enquanto o Ocidente não está pronto para tal curso de eventos", disse al-Shibl.
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Ainda segundo a assessora, a Síria pretende cooperar com a Rússia para lidar com as consequências das sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados.
"É claro que a Rússia nos apoiou e, sem dúvida, a apoiaremos", disse al-Shibl sobre a Síria contrariar as sanções em conjunto com a Rússia e Belarus.
A Síria apoia a operação especial da Rússia na Ucrânia, já que todo Estado tem o direito de se defender contra uma ameaça militar, disse a assessora presidencial síria.
"O Ocidente e os Estados Unidos usaram todas as oportunidades para prejudicar a Rússia política e militarmente: portanto, cada país tem o direito de se defender em caso de ameaça militar e deve fazê-lo. Sendo assim, como já disse, certamente apoiamos esta operação", ressaltou al-Shibl.
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A representante continuou dizendo que os "nazistas" na Ucrânia criam vídeos encenados e falsificam fatos da mesma forma que os representantes dos Capacetes Brancos fizeram.
"Vale a pena lembrar a guerra no Iraque e as acusações de presença de armas de destruição em massa. Colin Powell [ex-secretário de Estado dos EUA] mais tarde confessou essa mentira, dizendo que a informação era falsa. E hoje na Ucrânia, nazistas e fascistas criam cenários encenados e falsificam fatos – assim como os membros da organização terrorista Capacetes Brancos fizeram", disse al-Shibl.
A assessora presidencial acrescentou que Damasco não tem medo de novas possíveis sanções ocidentais relacionadas ao reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.
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