Panorama internacional

Presidente russo assina decreto sobre medidas econômicas em resposta às ações hostis do Ocidente

De acordo com o serviço de imprensa do Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto sobre medidas econômicas especiais contra os Estados Unidos e seus parceiros.
Sputnik
Segundo o Kremlin, o decreto visa "a aplicação de medidas econômicas especiais em resposta às ações hostis dos Estados Unidos, bem como de estados estrangeiros e organizações internacionais afiliadas", disse a nota.
De acordo com o decreto, a partir de hoje (28), os exportadores russos devem vender 80% da quantidade de moedas estrangeiras creditadas em suas contas bancárias desde 1º de janeiro de 2022.
Além disso, a partir de 1º de março, fica proibido o crédito de moeda estrangeira por residentes russos em suas contas ou depósitos em bancos estrangeiros, bem como transações cambiais relacionadas ao fornecimento de moeda estrangeira por residentes a residentes não russos sob contratos de empréstimo.
O documento ainda permite que os bancos abram contas sem a presença física ao transferir dinheiro de um banco para outro e autoriza às empresas a readquirir suas ações antes do final do ano sob certas condições, como a redução do preço médio das ações a contar de 1º de fevereiro.
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"Este decreto entrará em vigor a partir da data de sua publicação oficial", disse o comunicado.
Os EUA e outros países ativaram várias baterias de sanções individuais e setoriais contra a Rússia depois que Putin assinou na segunda-feira da semana passada (21) os decretos que reconheciam as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) anunciando, três dias depois, uma "operação especial militar" na Ucrânia atendendo aos pedidos de ajuda de RPD e RPL diante da agressão de Kiev.
Em um caso sem precedentes, restrições individuais foram estendidas ao presidente russo e ao ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
As sanções setoriais, também pela primeira vez, incluem a desconexão parcial da Rússia do sistema da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias (SWIFT, na sigla em inglês) e a paralisação das reservas internacionais do banco central russo.
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