As reservas do Banco Central Russo alocadas em Moscou e na China, por exemplo, não serão afetadas pelas políticas econômicas da UE.
Segundo Borrell, nos últimos anos a Rússia destinou reservas, com sucesso, em países fora do eixo europeu.
O diplomata afirmou que a Rússia vem se preparando financeiramente para as atuais e futuras sanções, afastando suas reservas do dólar e investindo em euros e yuans.
"Cerca de metade das reservas financeiras do Banco Central da Rússia será congelada graças a essa medida", disse Borrell.
O chefe de política externa da UE ressaltou ainda que é impossível cortar o sistema financeiro de um país inteiro altamente interconectado com outros. Segundo ele, tais ações não podem ser feitas da noite para o dia.
Os líderes europeus acreditam que devem manter o sistema financeiro funcionando para que os cidadãos comuns não sejam prejudicados em situações como a de envio de dinheiro a familiares na Rússia.
Borrell enfatizou, por isso, que o nível de desconexão dos bancos russos do fluxo financeiro internacional foi "cuidadosamente" calibrado para criar danos máximos ao sistema financeiro da Rússia e manter um nível mínimo de interconexão.