A Rússia não começou as operações militares, ela está as terminando, declarou na segunda-feira (28) aos jornalistas Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.
Ele observou que o governo de Kiev matou na região de Donbass 14.000 civis em oito anos, incluindo centenas de crianças.
"Era preciso pôr fim a isso. Era preciso pôr fim às ameaças intermináveis contra a Rússia por parte do regime de Kiev, e a Rússia fará isso", prometeu o general-major, acrescentando que "a Rússia não começou as ações militares, a Rússia está as terminando".
As Forças Armadas da República Popular de Donetsk estão completando o bloqueio da cidade de Mariupol, disse Konashenkov.
"Os agrupamentos das Forças Armadas da República Popular de Donetsk, continuando a ofensiva, estão terminando o bloqueio de Mariupol", comunicou ele na segunda-feira (28).
"Esperamos mesmo assim que os militares ucranianos, a maior parte dos quais está em Mariupol, tenham uma certa consciência, que eles possam desarmar os nacionalistas, algemá-los, entregá-los a nós e dessa forma salvar a vida de muitos milhares de civis", defendeu Eduard Basurin, representante oficial da Milícia Popular da República Popular de Donetsk, falando ao canal Rossiya 1.
Após a proclamação da República Popular de Donetsk em 2014, Mariupol, com uma população de mais de 450.000 pessoas, era a segunda maior cidade da república, atrás só de Donetsk. No entanto, em junho do mesmo ano as forças ucranianas recuperaram o controle sobre ela, enquanto as regiões a leste se tornaram um dos focos do conflito no leste da Ucrânia.
Na madrugada de quinta-feira (24) Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o início de uma operação especial militar na região de Donbass, que começou após um pedido de assistência militar feito pelas recém-reconhecidas repúblicas populares de Lugansk e Donetsk. O presidente russo observou que os habitantes russófonos têm sido sujeitos a um genocídio nessa região.
Segundo Moscou, os ataques têm como objetivo desmilitarizar a Ucrânia e combater a presença de neonazistas no país, garantindo assim a segurança da região de Donbass e da Rússia.