Um time de pesquisadores liderado pelo especialista em dinossauros Gregory Paul está analisando diferenças entre fósseis de tiranossauros que parecem extrapolar gênero e idade. Paul foi um dos consultores durante a produção do filme Jurassic Park, clássico de Hollywood lançado em 1993.
"Descobrimos que as mudanças nos fêmures do tiranossauro provavelmente não estão relacionadas ao sexo ou à idade dos espécimes. As diferenças na robustez do fêmur através das camadas de sedimento podem ser consideradas distintas o suficiente para que os espécimes possam ser considerados espécies separadas", explicou Gregory Paul.
Os autores do estudo, publicado na revista acadêmica Evolutionary Biology, acreditam ser natural a existência de mais de uma espécie de tiranossauro. Afinal, ele teve milhões de anos na Terra para evoluir, tal qual outros dinossauros da mesma época, como os triceratops.
"Com base nas evidências atuais, três morfotipos são demonstrados e duas espécies adicionais de tiranossauro são determinadas e nomeadas. Uma espécie robusta com dois pequenos incisivos em cada dentário parece ter estado presente inicialmente, seguida por duas espécies contemporâneas (uma robusta e outra graciosa)", escreveram os pesquisadores no estudo.
Na ordem apresentada pelos cientistas as espécies de tiranossauro seriam: imperator, rex e regina.
Para chegar a esta conclusão, Paul estudou um total de 37 espécimes atribuídos ao tiranossauro rex, tomando nota sobre detalhes como medições dos fêmures e características dos dentes incisivos.
Os tiranossauros viveram na Terra durante o final do período Cretáceo, há aproximadamente 66 milhões de anos. Os fósseis de tiranossauro podem ser encontrados em toda a América do Norte. Paleontólogos acreditam que o T rex poderia superar os quatro metros de altura, 12 metros de comprimento e pesar cerca de oito toneladas.