"De alguma forma, uma enorme quantidade de carbono atmosférico tinha que ser removida. Como não existem registros de rochas preservados do início da Terra, nós nos propusemos criar um modelo teórico para a Terra primitiva partindo do zero", explicou Yoshinori Miyazaki, pesquisador da Caltech, nos EUA, e líder do projeto.
"Essas rochas teriam sido enriquecidas em um mineral chamado piroxênio e provavelmente tinham uma cor verde escura. Mas o mais importante é que elas eram extremamente ricas em magnésio, com um nível de concentração raramente encontrado nas rochas dos dias atuais", explicou Miyazaki.
"Como um bônus adicional, essas rochas 'estranhas' na Terra primitiva reagiriam prontamente com a água do mar para gerar um grande fluxo de hidrogênio, reação comumente considerada essencial para a criação de biomoléculas [...] Nossa teoria tem o potencial de abordar não somente como a Terra se tornou habitável, mas também por que a vida surgiu nela", disse Korenaga.