Um navio afundado nos anos 1890 foi detectado cerca de 200 metros de profundidade por pesquisadores dos EUA, escreve na quinta-feira (3) o portal MLive.
Vaso sanitário na escuna Atlanta, de 52,4 metros, encontrada no lago Superior, a mais de 50 quilômetros do Parque Deer em Michigan, EUA
© Foto / Sociedade Histórica de Naufrágios dos Grandes Lagos (GLSHS, na sigla em inglês)
Em meados de 2021 a Sociedade Histórica de Naufrágios dos Grandes Lagos (GLSHS, na sigla em inglês) iniciou uma parceria com a Tecnologia Sônica Marinha (MST, na sigla em inglês) para mapear mais de 4.000 quilômetros do lago Superior usando a Tecnologia Sônica Sonar-Marinha de Rastreamento Lateral, também utilizada por socorristas, arqueólogos, caçadores de tesouros e a Guarda Costeira dos EUA.
O navio, chamado Atlanta, afundou durante uma tempestade em 4 de maio de 1891. A embarcação carregava carvão quando foi apanhada em um vendaval do lago Superior, quebrando todos os três mastros e forçando a tripulação a abandonar a embarcação em um barco salva-vidas. Apenas duas pessoas conseguiram chegar vivas à Estação Salva-Vidas de Crisp Point. O navio media 52,4 metros de comprimento e foi descoberto a mais de 50 quilômetros do Parque Deer em Michigan, EUA.
A baixa temperatura média de 4,4 ºC do lago Superior ajudou a preservar o navio, sendo que várias partes dele estão claramente visíveis, incluindo o nome Atlanta em letras douradas e seu leme.
"É raro que encontremos um navio que mostre tão claramente o que é, e a placa com o nome Atlanta realmente se destaca. É ricamente ornamentado, e ainda bonito após 130 anos no fundo do lago Superior", disse Bruce Lynn, diretor-executivo da GLSHS.
Em outubro a organização também descobriu três outros navios naufragados no lago Superior, que datavam do séc. XIX.
Imagem sonar da escuna Atlanta, de 52,4 metros, encontrada no lago Superior, a mais de 50 quilômetros do Parque Deer em Michigan, EUA
© Foto / Sociedade Histórica de Naufrágios dos Grandes Lagos (GLSHS, na sigla em inglês)
"Este tem sido um grande ano para nós no Museu de Naufrágios, e nunca encontramos tantos novos navios em uma temporada", comentou Lynn.
"Cada naufrágio tem sua própria história [...] e o drama do Drake e do Michigan [nomes de dois outros navios naufragados], e o resgate de ambas as tripulações [...] São histórias fantásticas, verdadeiras, que podemos contar no museu um dia", afirmou ele.
A GLSHS foi fundada em 1978 por professores e mergulhadores. A sociedade pesquisa e documenta naufrágios históricos todos os anos durante a época de mergulho, e oferece boletins informativos, livretos e obras de arte marítima comissionadas.