A central de Zaporozhie fica na cidade de Energodar e é a maior usina nuclear da Europa. Logo após as primeiras informações sobre o incidente, o porta-voz da instalação comunicou que o nível de radiação no local não mudou.
Minutos depois, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou as informações ucranianas em suas redes sociais, garantindo que equipamentos essenciais da usina não foram danificados.
Ucrânia informa à AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica] que o incêndio no local da Usina Nuclear de Zaporozhie não afetou equipamentos "essenciais". Equipe da usina faz ações para mitigar os impactos.
Posteriormente, Oleg Korikov, chefe para segurança nuclear e de radiação da Ucrânia, disse que Zaporozhie tem sete instalações nucleares, seis unidades de energia e uma instalação de armazenamento nuclear.
Segundo ele, a unidade de energia número 1 foi desligada anteriormente para reparos. As de números 2 e 3 foram desligadas com segurança, e a 4 continua funcionando. As unidades 5 e 6 estão em espera. Korikov enfatizou que nada as ameaça.
A Sputnik apurou que não foram os soldados russos que atacaram a central nuclear, pois dessa forma se insinua que o objetivo era danificar a usina.
Houve um confronto muito perto da fábrica depois que militares ucranianos colocaram veículos blindados na entrada das instalações. Um dos foguetes atingiu um dos prédios. No entanto, não se pode afirmar que a usina nuclear foi atacada diretamente.
Soldado ucraniano dirigindo um veículo blindado de transporte na região de Donetsk.. Foto de arquivo
© AFP 2023 / ANATOLII STEPANOV
Após o disparo do foguete, um incêndio começou em um dos edifícios administrativos, que não está conectado de forma alguma à própria usina nuclear.
Especialistas do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia ressaltaram que é praticamente impossível fazer explodir os blocos de energia, explicando em seguida que bombeiros trabalham na região para extinguir as chamas.
Já o representante da usina garante que nenhuma ameaça de vazamento radioativo foi detectada e que "todo o pessoal [da infraestrutura] está realizando suas atividades sem grandes contratempos".
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 24 de fevereiro o lançamento de uma operação militar especial na Ucrânia, alegando que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) precisavam de ajuda diante do "genocídio" praticado por Kiev.
Um dos objetivos fundamentais da ação, segundo Putin, é a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O chefe de Estado russo pediu aos uniformizados e civis na Ucrânia que não resistissem à operação e alertou que a Rússia responderia imediatamente a qualquer força externa que a ameaçasse ou atrapalhasse.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, as ações militares não são dirigidas a instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra.
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