O Ministério da Economia da Alemanha planeja fornecer à Ucrânia 2.700 sistemas de mísseis terra-ar Strela de fabricação soviética, indica na sexta-feira (4) o jornal Der Spiegel.
As armas vêm das reservas do antigo Exército da República Democrática Alemã, ou Alemanha Oriental, e 700 das unidades já estariam fora de serviço.
Os Strela foram removidos pelas Forças Armadas da Alemanha em 2014 das operações atuais "por razões de segurança", de acordo com o jornal, que citou uma nota confidencial.
Desde 2014 que os armamentos têm estado guardados em caixas que agora estão tão bolorentas que "os soldados só podem entrar nos armazéns com roupa protetora", escreve o Der Spiegel. Além disso, a falta de uso desde esse ano significa que os mísseis já não têm as pontas necessárias para serem lançados.
"Devido à obsolescência do motor do foguete, o foguete Strela já não é seguro para uso, pelo que não pode mais ser lançado", advertiram os militares alemães.
No sábado (26) a Alemanha anunciou ter aprovado o envio de 1.000 armas antitanque e 500 mísseis antiaéreos Stinger à Ucrânia, quebrando com a política pós-2ª Guerra Mundial de não enviar diretamente armamento a zonas de conflito.
A OTAN tem fornecido armamento a Kiev durante o conflito na Ucrânia, mas recusa participar dele diretamente com militares, aviões e navios.
Em 24 de fevereiro, Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o lançamento de uma operação militar especial na Ucrânia com o objetivo de proteger pessoas que "há oito anos sofrem assédio e genocídio por parte do governo de Kiev". O líder russo afirmou que realizaria "a desmilitarização e a desnazificação" da Ucrânia", condenando aqueles que cometeram crimes sangrentos contra os habitantes das repúblicas populares em Donbass.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, as ações não são dirigidas a instalações civis, mas buscam desativar a infraestrutura de guerra ucraniana.