Os EUA impuseram uma série de sanções anti-russas após a operação militar especial de Moscou na Ucrânia.
As sanções impactaram entidades e organizações russas, da defesa ao setor cultural. Um segmento importante, porém, permaneceu intacto: o petróleo e o gás russos. A indecisão de atraiu críticas bipartidárias ao governo.
Autoridades da gestão de Biden pressionaram alguns senadores democratas a não apoiarem a proibição da importação de petróleo e gás russos, informou a Axios, citando assessores democratas.
A sugestão de proibir a importação de petróleo e gás russo veio dos senadores norte-americanos Joe Manchin (D-WV) e Lisa Murkowski (R-AK).
A proposta bipartidária proibiria a importação de combustíveis fósseis russos, incluindo petróleo bruto, petróleo, produtos petrolíferos, gás natural liquefeito (GNL) e carvão.
No momento, a legislação que determina a proibição tem o apoio de 20 senadores, entre elas a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
Líder da maioria democrata na câmara baixa do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, discursa no Capitólio, Washington, EUA, 9 de março de 2021. Foto de arquivo
© REUTERS / Joshua Roberts
Nas discussões acerca do tema no Congresso norte-americano, a Casa Branca está relutante, citando a possibilidade de os preços da energia dispararem e impactarem clientes em todo o Ocidente.
De acordo com Axios, a resposta da Casa Branca à proibição foi semelhante a pedidos anteriores para expulsar os bancos russos da rede bancária global SWIFT, uma decisão que o governo Biden tomou.
Na sexta-feira (4), a Bloomberg também colocou o tema em discussão, ao informar que autoridades de Joe Biden estavam conversando com representantes das indústrias de petróleo e gás, discutindo os efeitos de uma proibição de importações russas para clientes norte-americanos.
Entre os que pedem o fim das importações de petróleo e gás russos está o fundador da Tesla e da SpaceX, Elon Musk, que na sexta-feira (4) disse que "precisamos aumentar a produção de petróleo e gás imediatamente", pois "tempos extraordinários exigem medidas extraordinárias".
A publicação da Axios, observou que, por outro lado, que mesmo sem a proibição do petróleo e gás russos, os preços dos combustíveis nos EUA já estão tão altos quanto em 2014, atingidos pela inflação e por uma crise na cadeia de suprimentos relatada.
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