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Mídia: Wall Street está comprando títulos corporativos da Rússia em meio às sanções ocidentais

As sanções impostas por países ocidentais à Rússia após o começo de sua operação especial na Ucrânia estão levando à desvalorização de ativos russos e sua compra, indica a agência Bloomberg.
Sputnik
Grandes bancos dos EUA estão aproveitando as duras sanções ocidentais contra a Rússia para comprar títulos desvalorizados de empresas ligadas à Rússia, escreve na quinta-feira (3) a agência norte-americana Bloomberg, citando fontes familiarizadas com essas operações.
Os hedge funds, ou fundos de cobertura, como o Grupo Goldman Sachs e JP Morgan Chase, especializados na aquisição de dívida barata, estão assim procurando se abastecer de tais ativos, de acordo com as fontes.
O Goldman Sachs está comprando principalmente dívida corporativa da empresa Evraz, da estatal Gazprom e da companhia Ferrovias Russas (RZhD, na sigla em russo), com vencimento dentro dos próximos dois anos. Além disso, o banco dos EUA fez ofertas por títulos soberanos russos.
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Segundo a Bloomberg, os bancos costumam comprar dívida se os clientes o pedirem ou se for esperado que surjam clientes prontos para adquirir esses ativos. A agência acrescenta que a aposta em títulos de alto risco é normal em Wall Street, e refletem uma cultura orientada a perseguir ativos subvalorizados ou mal cotados, ao mesmo tempo que as sanções impostas à Rússia não proíbem o comércio direto de ativos.
Os títulos corporativos russos denominados em moedas estrangeiras caíram a pique após as sanções ocidentais que se seguiram ao início da operação especial da Rússia na Ucrânia, atingindo uma queda de 70% nos preços. Atualmente, cresce a preocupação de que as empresas possam não cumprir os pagamentos de capital. No entanto, a Rússia tem um saldo de conta corrente (compra e venda de bens e serviços ao exterior) positivo, e muitas das suas empresas têm grandes reservas.
A Bloomberg relata que na quinta-feira (3) o JP Morgan vendeu cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,01 bilhão) em dívida corporativa de emissores russos e ucranianos, apesar de vários outros bancos e administradores de fundos serem mais cautelosos com as transações, em meio a uma situação tão volátil.
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