"Este não é um conflito da OTAN e não vai se tornar nisso. Nenhum aliado enviou tropas de combate à Ucrânia. Não temos nenhuma hostilidade contra o povo russo e não temos nenhum desejo de impugnar uma grande nação e uma potência mundial", lê-se no artigo.
Premiê britânico afirma também que a Ucrânia não tinha muitas perspectivas de aderir à OTAN em um futuro próximo.
"A verdade é que a Ucrânia não tinha qualquer perspectiva séria de adesão à OTAN em um futuro próximo e nós estávamos prontos para responder às preocupações de segurança da Rússia através de negociações", escreve Johnson.
Ao mesmo tempo, segundo ele, mais de 20 países estão fornecendo assistência à Ucrânia no domínio da defesa.
"Em janeiro, o Reino Unido estava entre um punhado de países europeus que enviavam ajuda defensiva à Ucrânia. Agora mais de 20 países fazem parte deste esforço. As despesas com a defesa estão aumentando, embora demore algum tempo para que isso se transforme em capacidade", declarou premiê britânico.
Nesta semana Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que o enchimento louco da Ucrânia com armamentos é um reflexo da política do Ocidente no estilo "todos os meios valem".
"Aquilo que temos visto nos últimos dias em termos de um desenfreado, se não mesmo louco, enchimento com armamentos, equipamentos, meios de comunicação do regime em Kiev, isso é um reflexo de que os políticos no Ocidente passaram para um algoritmo de ação em que 'todos os meios são bons'", afirmou Ryabkov.
O presidente russo Vladimir Putin anunciou em 24 de fevereiro o início de uma "operação militar especial" na Ucrânia, alegando que as Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, precisam de ajuda diante do "genocídio" protagonizado por Kiev.