Panorama internacional

Novak: com sanções sobre Nord Stream 2, Rússia poderia cortar gás para a Europa, mas não o faz

A Rússia tem o direito de cortar o fluxo de gás via Nord Stream 1 (Corrente do Norte 1) em retaliação às sanções contra o lançamento do Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), disse Aleksandr Novak, vice-primeiro-ministro russo.
Sputnik
A possível rejeição do petróleo russo levará a consequências catastróficas para o mercado mundial, alertou Novak, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (7).
De acordo com o vice-primeiro-ministro da Rússia, o discurso sobre a proibição das exportações russas de hidrocarbonetos abala os alicerces do mercado, cria incerteza e causa danos significativos ao consumidor.

"O preço do barril pode chegar a US$ 300" (R$ 1.524), afirmou, lembrando que a "Rússia fornece 40% do gás consumido na Europa e sempre foi um parceiro de confiança".

O vice-primeiro-ministro russo também sublinhou que a subida dos preços que se verifica no mercado energético mundial não tem nada a ver com a política levada a cabo por Moscou.
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"É uma consequência das declarações dos políticos europeus", enfatizou.
Aleksand Novak ainda comentou que a Europa não conseguirá repor rapidamente todo o volume de petróleo que importa da Rússia. "Vai demorar mais de um ano", disse.
Mais cedo, ainda nesta segunda-feira (7), a Gazprom reafirmou que a rota de fornecimento de gás natural através da Ucrânia continua a operar sob os termos do acordo de trânsito existente.
"Nossa empresa continua e continuará a garantir o cumprimento de contratos de fornecimento de gás natural de longo prazo", declarou a Gazprom.
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Também hoje (7), o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, disse que "a recente saída da Rússia das maiores empresas de petróleo e gás terá um impacto profundo no mercado mundial de energia".
"Acho que a decisão de algumas das maiores empresas produtoras de petróleo e gás do mundo de se retirar da Rússia é muito significativa e terá um impacto profundo", disse Kerry na abertura da conferência Cambridge Energy Research Associates Week.
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