Após a Coreia do Norte por mais de um ano e meio se ter abstido de realizar testes nucleares, "em troca" ela recebeu dos EUA a ausência de desejo de discutir o alívio das sanções, conforme o entrevistado.
"A Coreia do Norte já deu um passo na direção certa, mais de um ano e meio evitou os lançamentos de mísseis e testes nucleares, mas nada recebeu em troca, apenas sanções americanas unilaterais e forte relutância em discutir os documentos, inclusive a resolução sobre a flexibilização do regime de sanções, proposta pela Rússia e China", disse o diretor.
Respondendo à questão se Moscou compreende a posição de Pyongyang ele respondeu afirmativamente, "uma vez que a Coreia do Norte não obteve nada em troca por seus passos positivos, pelo contrário, recebe apenas mais cooperação militar entre os EUA e a Coreia do Sul".
"Os americanos não desistiram de seus planos", acrescentou o diplomata.
Notou ainda que, ultimamente, os treinamentos conjuntos EUA-Coreia do Sul passaram a ser realizados "de forma mais virtual, mas eles continuam".
No sábado, dia 5, Pyongyang lançou um míssil, aparentemente balístico, em direção do mar do Japão (também conhecido como mar do Leste). Segundo os dados dos militares sul-coreanos, o míssil voou 270 quilômetros e atingiu a altitude máxima de aproximadamente 560 quilômetros.
Esse já é o nono teste deste tipo de armas da Coreia do Norte neste ano. O Conselho de Segurança sul-coreano condena os lançamentos, afirmando que os testes aumentam as tensões na região. A Coreia do Sul realizará em breve as eleições presidenciais e, na Europa, a comunidade internacional está se esforçando para resolver o conflito na Ucrânia.