Mikhail Podolyak, conselheiro presidencial da Ucrânia, revelou na terça-feira (8) as condições sob as quais Kiev discutirá as questões relacionadas com a não adesão do país à OTAN.
"Estamos prontos para negociações construtivas sobre questões-chave. A principal, claro, é a segurança. O fim das hostilidades [...]. Sobre questões políticas, o presidente [Vladimir] Zelensky não tem medo de falar com o lado russo sobre quaisquer questões políticas", disse Podolyak, citado pela mídia local.
"Mas, naturalmente, defendemos nossa condição de Estado nacional, nossos direitos nacionais, e pretendemos obter um conjunto claro e concreto de garantias juridicamente vinculativas da nossa segurança, tendo em conta que a OTAN diz abertamente que não aceitará a Ucrânia. Agora é inútil falar de detalhes, agora o mais importante é defender fisicamente a Ucrânia."
27 de fevereiro 2022, 09:35
Segundo ele, o governo ucraniano "não entende nenhum ultimato russo como tal".
Em 24 de fevereiro, Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o começo de uma operação especial da Rússia na Ucrânia. Entre os principais objetivos da operação estão a "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia" para proteger a população da região de Donbass, tendo descrito como "genocídio" o que se passava lá com a população russófona.
Putin também previu antes da operação a possibilidade de a Ucrânia entrar na OTAN e decidir conquistar a Crimeia, o que levaria a um conflito direto entre o bloco militar e Moscou, sendo assim uma ameaça a toda a Rússia.