Em um discurso transmitido pelo canal estatal da Venezuela, Nicolás Maduro falou sobre a operação militar especial da Rússia na Ucrânia e, em diversas ocasiões, manifestou apoio ao presidente russo Vladimir Putin.
Segundo Maduro, a culpa dos conflitos é "daqueles que cercaram e atacaram a Rússia com armas nucleares".
"Há uma guerra na fronteira da Rússia por causa daqueles que quebraram os acordos da Europa, do Ocidente e da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] com os russos", explicou.
Tropas de combate da Noruega reforçam OTAN em Kaunas, Lituânia, 27 de fevereiro de 2022
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"Foi por causa daqueles que tentaram cercar a Rússia e atacá-la com armas nucleares, aqueles que anunciaram que a Ucrânia teria armas nucleares voltadas para a Rússia. Essa é a consequência do conflito armado", disse Maduro.
O presidente da Venezuela também denunciou que há um "cerco militar da OTAN" contra a Rússia. Além disso, reiterou que a guerra econômica que estão travando contra a Rússia também está sendo travada contra a Venezuela.
Vários países estabeleceram sanções contra Moscou, que incluem a desconexão parcial da Rússia do sistema SWIFT, o fechamento do espaço aéreo de suas companhias aéreas, a paralisação das reservas internacionais de seu Banco Central e, no caso de países como os Estados Unidos e o Reino Unido, o embargo à importação de petróleo russo.
O SWIFT é uma plataforma que conecta cerca de 11.000 instituições financeiras em mais de 200 países e serve como base do sistema financeiro internacional.
Em 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o lançamento de uma "operação militar especial" no território da Ucrânia, justificando que as repúblicas de Donetsk e Lugansk haviam solicitado ajuda após inúmeras agressões de Kiev.
Um dos objetivos fundamentais desta operação, segundo Putin, é "a desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia.