A declaração ocorre após a recente aproximação do governo de Joe Biden com Nicolás Maduro, visando a possíveis negociações referentes ao petróleo venezuelano. Em meio às sanções aplicadas contra a Rússia, os EUA proibiram a importação do combustível do país e agora procuram alternativas.
"Não vamos nos submeter a nenhuma condição imposta pelos Estados Unidos, não vamos vender ou entregar nossos princípios e não vamos condicionar as relações que temos com nossos irmãos e aliados em todo o planeta", declarou Faría à Sputnik, membro governista do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
O deputado indicou que, apesar das restrições, o país conseguiu recuperar a produção de petróleo, que pode até aumentar, segundo ele, se os EUA suspenderem medidas contra a empresa estatal Petróleos de Venezuela, S.A. (PDVSA).
"Trouxemos a produção para perto de um milhão de barris por dia. Vamos continuar aumentando a produção e, com a abertura desse mercado, poderemos fornecer ainda mais se o governo dos EUA acabar com sua atitude abusiva e obsessiva com nosso país, nossa economia e nossa indústria petrolífera", disse ele.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, dirige-se à multidão durante um comício do governo para marcar o Dia da Juventude, em Caracas, Venezuela, 12 de fevereiro de 2022.
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Em 5 de março, Maduro se reuniu com uma delegação norte-americana no Palácio Miraflores, em Caracas. Após o encontro, o presidente disse que os países concordaram em trabalhar em uma agenda de interesse comum.
Esta é a primeira reaproximação entre Caracas e Washington desde o rompimento das relações diplomáticas em janeiro de 2019.
Já a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, destacou que "o objetivo da viagem feita por funcionários do governo foi discutir uma variedade de questões que certamente incluíam a segurança energética".