A entrega descontrolada de lança-foguetes portáteis a Kiev por parte de países ocidentais representa uma ameaça de longo prazo de ataques terroristas a aeronaves comerciais, afirmou nesta sexta-feira (11) Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.
"O regime nacionalista de Kiev, entregando descontroladamente lança-foguetes portáteis recebidos de países europeus e dos EUA, cria uma ameaça de longo prazo de ataques terroristas a aeronaves civis", disse.
"Isso diz respeito não só à Ucrânia, mas acima de tudo aos países europeus, que enviam centenas de mercenários e neonazistas para participar de ações militares", acrescentou ele.
De acordo com Konashenkov, "militares russos continuarão procurando e apreendendo lança-foguetes portáteis abandonados por nacionalistas para evitar que as armas mortíferas caiam nas mãos de terroristas e sejam retiradas da Ucrânia".
Como exemplos, o major-general mencionou que na região de Kherson foram capturados na quinta-feira (10) lança-foguetes portáteis Igla abandonados à pressa por nacionalistas que deixaram suas posições.
"Neste momento estão sendo verificados os números de série dos lança-foguetes portáteis, para identificar o país do Leste Europeu vendedor dessas armas", contou, resumindo também as perdas sofridas pelas Forças Armadas da Ucrânia e por nacionalistas.
"No total, durante a operação [especial] foram eliminados 3.346 objetos de infraestrutura militar da Ucrânia. Foram destruídos: 121 veículos aéreos não tripulados; 1.067 tanques e outros veículos militares blindados; 114 lança-foguetes múltiplos; 412 armas de artilharia de campo e morteiros; e 862 unidades de equipamento especial para veículos militares", explicou o representante oficial da Defesa russa.
A operação militar especial de Moscou para "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia foi anunciada por Vladimir Putin, presidente da Rússia, em 24 de fevereiro, após um pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) em meio à intensificação de ataques do Exército ucraniano. O Ministério da Defesa da Rússia sublinhou repetidamente que as Forças Armadas do país estão atacando apenas a infraestrutura militar do país vizinho com armas de alta precisão e que não tem alvos civis.
Em resposta, os EUA, o Reino Unido, os membros da União Europeia (UE) e vários outros países impuseram duras sanções à Rússia. Algumas nações fecharam seu espaço aéreo para todos os voos russos, sancionaram vários bancos e parlamentares, censuraram meios de comunicação e cancelaram a participação de esportistas e eventos da cultura russa, havendo também casos de ataques individuais a organizações e pessoas russas.