Panorama internacional

Presidente Zelensky afirma que está disposto a negociar com Rússia

No sábado (12), Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, disse ter esperança de que o processo de paz seja iniciado na prática e não só em declarações.
Sputnik
O mandatário comentou as negociações com a delegação de Moscou: "As questões estão sendo discutidas, começamos a chegar a algum acordo", segundo suas palavras.
O grupo de ucranianos e de representantes russos "começaram a discutir algo, em vez de lançar ultimatos", afirmou o presidente durante coletiva de imprensa para jornalistas estrangeiros.
Além disso, Zelensky afirmou que não vê "que haja coragem dos membros da OTAN de se juntarem em torno da Ucrânia".
Ressaltou ainda que Kiev necessita de garantias de segurança não só da parte da Rússia, mas também da parte dos líderes ocidentais.
Zelensky revelou ainda que propôs ao primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, organizar negociações em Jerusalém. Na opinião de Zelensky, o premiê israelense pode desempenhar um papel importante na resolução da crise ucraniana. Além do mais, Israel pode estar entre os países garantes da segurança.
Conforme Vladimir Zelensky, a vitória para a Ucrânia seria a sua preservação como nação independente, e isso depende do processo das negociações: "Para nos mantermos emocionalmente, para nos mantermos independentes, com nossos valores que defendemos hoje", acrescentou.
O chefe de Estado ucraniano ressaltou que a Ucrânia não quer combater, e esse fato deve ser registrado em um documento "com nossos vizinhos", que incluiria todas as garantias de segurança.
"Nós não queremos combater após essa guerra. E isso deve ser incluído em um documento, com países importantes, com nossos vizinhos, pois vocês podem ver como são os nossos vizinhos [...] E lá, nesse documento, devem ser estabelecidas todas as garantias de segurança para nosso Estado."
Ao mesmo tempo, o presidente admitiu que a Ucrânia precisa de sistemas de defesa antiaérea e que Kiev está disposta a comprá-los, até mesmo a crédito.
De acordo com seus dados, cerca de 1.300 militares ucranianos morreram desde 24 de fevereiro.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia". Durante a operação, as Forças Armadas da Rússia eliminam instalalções da infraestrutura militar ucraniana, sem realizar ataques contra alvos civis em cidades.
Até o momento atual, já foram realizadas três rodadas de negociações entre os lados russo e ucraniano em uma tentativa de regularizar o conflito, todas em Belarus.
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