As peças de roupa e objetos colocados à venda aparecem com o logotipo de uma das divisões da força de combate neonazista da Ucrânia, e outras com o azul-claro e amarelo da bandeira ucraniana.
Além das camisetas básicas, a Amazon oferece a compra de moletons, mangas compridas, bodys e até macacões de bebê.
As camisas custam cerca de R$ 97, enquanto as "canecas de suporte Azov unissex" estão em oferta e podem ser adquiridas a partir de R$ 76, dependendo do tamanho. Todos os produtos apareceram no site nas últimas duas semanas.
Alguns usuários da Amazon nas redes sociais condenaram veementemente a gigante varejista por oferecer os itens. "Isso é sujeira neonazista", disseram. Outros publicaram comentários criticando a leniência de alguns Estados no combate ao neonazismo.
As camisas e canecas são os mais recentes produtos dedicados ao grupo de combate neonazista que apareceram no site da Amazon nos últimos anos.
Formado no final de 2014 como um grupo de paramilitares voluntários neonazistas, o Azov cresceu para um regimento de tamanho real, com mais de 2.500 soldados. Ele foi integrado à Guarda Nacional Ucraniana, que lhe deu acesso aos armamentos militares do país.
O regimento está baseado em Mariupol, a cidade costeira do sudeste da Ucrânia atualmente cercada por forças russas e da República Popular de Donetsk.
Na região, o Azov foi acusado de atacar indiscriminadamente áreas civis durante sua retirada e de usar os moradores locais como "escudos humanos" contra as forças russas.
Acusado pela Organização das Nações Unidas de crimes de guerra que vão desde assassinatos extrajudiciais a tortura e saques em massa, o Azov recebeu apoio substancial de Washington, incluindo assistência militar do Pentágono.
Em 2019, um grupo de mais de três dúzias de membros do Partido Democrata tentou classificar o regimento como uma entidade terrorista. A medida foi derrubada pelo Departamento de Estado norte-americano.