Panorama internacional

Pequim quer saber qual é 'agenda real' de Washington com laboratórios biológicos na Ucrânia

De acordo com Pequim, mais de 30 laboratórios biológicos relacionados a Washington foram identificados na Ucrânia.
Sputnik
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, pediu a Washington nesta segunda-feira (14) que dê uma explicação completa sobre sua pesquisa biológica no exterior.
De acordo com Zhao, mais de 30 laboratórios biológicos relacionados a Washington e, em particular, ao Departamento de Defesa dos EUA foram identificados na Ucrânia. Embora alguns dos laboratórios em questão estejam fora de serviço, também foi constatada a presença de patógenos da peste em alguns deles.
Segundo o porta-voz chinês, Washington destinou mais de US$ 200 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão) para as investigações realizadas nestas instalações. "Os EUA investiram mais de 200 milhões de dólares, em que gastaram o dinheiro? Que tipo de patógenos estavam investigando?", disse Zhao em entrevista coletiva.
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'Dois pesos, duas medidas'

De acordo com o porta-voz chinês, as informações falsas espalhadas por Washington são "inaceitáveis". "Os EUA estão mentindo, estão escondendo a verdadeira agenda dessas atividades da sociedade americana", disse Zhao, acrescentando que o governo do país excluiu todos os documentos sobre o assunto de seu site oficial.

"Se os EUA querem provar a sinceridade de suas atividades, por que não abrem os laboratórios biológicos para avaliação independente por especialistas internacionais?", disse o porta-voz chinês. "Por que não publicam a informação autêntica para provar sua inocência?", questionou.

Segundo Zhao, Washington se recusa a se unir aos esforços internacionais para acabar com os experimentos biológicos ao mesmo tempo em que acusa outros países de criarem alegadas ameaças biológicas. "É um típico jogo americano de dois pesos e duas medidas", disse ele.
"Esperamos que os EUA possam assumir uma postura responsável, esclarecer suas atividades na Ucrânia e não se opor ao estabelecimento de uma estrutura de investigação das armas biológicas, o que ajudará os EUA a conquistar a confiança global e melhorar a segurança", concluiu o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.
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