"A China se opõe a sanções unilaterais dos EUA de qualquer forma e protegerá os direitos e interesses legais de empresas e indivíduos chineses", disse o diplomata quando questionado sobre possíveis sanções dos EUA contra a China por sua posição em relação à crise na Ucrânia.
O porta-voz enfatizou que o gigante asiático pede aos EUA que não causem danos aos direitos e interesses legais da China, lembrando que as sanções nunca foram uma maneira eficaz de resolver os problemas.
O diplomata ressaltou que a China sempre agiu com imparcialidade em relação à crise na Ucrânia e apelou ao diálogo e negociações para normalizar a situação.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que a China não faz parte da crise da Ucrânia e não quer ser afetada pelas sanções.
Inúmeros países condenaram a operação militar especial que a Rússia lançou na Ucrânia em 24 de fevereiro em auxílio às repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e ativaram várias baterias de sanções individuais e setoriais que buscam infligir o maior dano possível à economia russa.
Pela primeira vez, as sanções incluem a desconexão de diversos bancos da Rússia do sistema SWIFT, a imobilização das reservas internacionais de seu Banco Central e, no caso de países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália, há embargo de importação de petróleo russo.
Dezenas de empresas anunciaram no final de fevereiro a decisão de suspender seus negócios na e com a Rússia.
De acordo com o banco de dados Castellum.AI, a Rússia é agora o país mais atingido pelas sanções, à frente do Irã, Síria e Coreia do Norte. Desde meados de fevereiro, quase 3.650 novas medidas restritivas foram ativadas em relação à Rússia, além de mais de 2.750 que já estavam em vigor.