Respondendo à questão se as sanções afetariam a economia dos EUA, ele disse que "sim, é exatamente isso. Os cidadãos americanos têm lutado nestes últimos anos contra o empobrecimento, o declínio dos padrões de vida, desaparecimento da classe média e, nos últimos meses, a hiperinflação e os preços das matérias-primas e dos combustíveis têm apenas aumentado".
"A cessação do comércio mundial normal, desencadeada pelas sanções impostas por indicação dos EUA, provocará o caos absoluto na economia dos Estados Unidos", sublinhou Black.
Segundo ele, tendo em conta a conexão entre os bancos ocidentais e a economia russa, será possível enxergar "um colapso, uma explosão do sistema financeiro ocidental como um todo, o que será bastante monstruoso".
"A alternativa à qual nós [o Instituto Schiller] apelamos são negociações sobre um novo paradigma econômico de cooperação produtiva entre o Oriente e o Ocidente, entre os EUA e a Europa por um lado e a China, Rússia e as economias asiáticas em crescimento por outro", observou especialista.
Na semana passada, o presidente dos EUA Joe Biden anunciou que o seu país proíbe importações de petróleo russo e de outras fontes de energia provenientes da Rússia.
Esta decisão agravou ainda mais a atual situação dos preços de petróleo, que têm vindo a aumentar ao longo das últimas semanas e ultrapassaram os US$ 100 (cerca de R$ 513) por barril.
Enquanto Washigton tenta mudar com implementação de sanções econômicas o rumo da política russa, as pessoas nos EUA têm estado a sentir consequências na pele, já que o preço de varejo da gasolina em 8 de março atingiu um máximo histórico superior a US$ 4,17 (R$ 21,4) por galão.