"O presidente da associação da mesquita do sultão Suleiman, em Mariupol, negou de que a mesquita turca com 80 pessoas foi bombardeada pela Rússia", disse Nebenzya, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU na quinta-feira (17).
A Rússia tem sido acusada pelo Ocidente nos últimos dias de atacar civis em cidades ucranianas em meio à operação militar especial. Nesta semana, a mídia ocidental atribuiu à Rússia os ataques a uma maternidade e a um hospital infantil, destruídos em Mariupol.
No entanto, segundo o Ministério da Defesa russo, as acusações são "uma provocação totalmente orquestrada para apoiar a propaganda antirrussa".
O ministério sempre enfatizou que o objetivo da missão é a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia e tem adotado medidas necessárias para realizar a evacuação de civis. A tentativa de retirar as pessoas das cidades tem sido alvo de sabotagem de nacionalistas ucranianos.
O embaixador da Rússia na ONU, Vasily Nebenzia, fala na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Ameaças à Paz e Segurança Internacionais, na cidade de Nova York, EUA, 7 de março de 2022
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O enviado russo na ONU classificou como uma "mentira descarada" a suposta notícia de que a Rússia estaria forçando os civis de Mariupol e de outras cidades ucranianas a migrarem para a Rússia.
Ele destacou que, apenas nas últimas 24 horas, a Rússia conseguiu garantir a evacuação de mais de 31.000 civis, incluindo 89 estrangeiros, para o território russo, ressaltando que alguns dos evacuados se recusaram a ir para os territórios controlados por Kiev.
Mariupol, que estava sitiada e sob controle das forças ucranianas, era a segunda maior cidade da região de Donetsk antes do golpe de Estado em 2014 e tem sido um local de intensos combates nas últimas semanas.