As chancelarias da Estônia, Letônia e Lituânia declararam na sexta-feira (18) a retirada de alguns diplomatas da Rússia de cada um de seus países, tendo sido as decisões tomadas em conjunto.
"A Letônia expulsa três diplomatas da embaixada da Rússia devido a atividades contrárias ao seu status diplomático [...]. A decisão foi acordada com a Lituânia e a Estônia", escreveu Edgars Rinkevics, ministro das Relações Exteriores letão.
Já a Estônia acusou os diplomatas russos de a desestabilizarem.
"Estônia expulsa três membros da missão diplomática da Embaixada da Rússia em Tallinn, que violaram a Convenção de Viena. Eles minaram direta e ativamente a segurança da Estônia, e disseminaram propaganda justificando a guerra ilegal da Rússia", apontou o Ministério das Relações Exteriores estoniano.
A Lituânia, por sua vez, anunciou ter mandado embora quatro representantes diplomáticos russos.
"O embaixador russo Aleksei Isakov foi chamado em 18 de março ao Ministério das Relações Exteriores da Lituânia, onde lhe foi entregue uma nota declarando quatro funcionários da embaixada russa na Lituânia personae non gratae por atividade incompatível com o status de diplomata, e ordenando que deixassem a Lituânia dentro de cinco dias", indicou a declaração da chancelaria lituana.
Além dos três países bálticos, a Bulgária declarou hoje ter dado 72 horas para dez membros da embaixada russa saírem do país.
Nos últimos anos tem sido comum a expulsão de diplomatas russos de países ocidentais, em meio à deterioração dessas relações. Em resposta, a Rússia também tem reduzido a presença de representantes ocidentais no seu território.
As relações se deterioraram ainda mais após a Rússia começar uma operação militar especial na Ucrânia, com países ocidentais impondo um grande leque de sanções à Rússia e fornecendo apoio militar ao regime de Kiev.