No âmbito do sistema criado, são utilizadas contas em bancos comerciais estrangeiros, empresas registradas fora do Irã, companhias que coordenam transações proibidas, bem como uma câmara de compensação de transações dentro do país.
Segundo os documentos obtidos pelo jornal, os bancos iranianos que prestam serviços a empresas que não podem realizar operações de exportação e importação devido às sanções usam subsidiárias criadas fora do país, que servem como entidades intermediárias para os negócios iranianos.
Por meio destes intermediários são realizadas as vendas de petróleo e de outras matérias-primas, bem como as transações para a compra de bens do exterior em dólares, euros e outras divisas através de contas em bancos estrangeiros.
Parte da receita recebida pelas empresas intermediárias no exterior é retirada das contas e contrabandeada para o país por meio de mensageiros. No entanto, a maior parte permanece em contas bancárias no estrangeiro.
O jornal destaca também que o fato de Teerã ter conseguido cotornar as restrições econômicas demonstra o efeito limitado das sanções globais, agora que o Ocidente impõe medidas similares à Rússia devido a sua operação na Ucrânia.
Em 2018, os EUA, durante a presidência de Donald Trump, abandonaram o acordo iraniano, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), que também reimpôs sanções à República Islâmica.