Panorama internacional

OTAN é 'remanescente da Guerra Fria' que já deveria ter desaparecido, diz China

Le Yucheng, vice-ministro das Relações Exteriores da China, se pronunciou sobre o conflito na Ucrânia, criticando a OTAN como razão de ele ter surgido.
Sputnik
A OTAN é um remanescente da Guerra Fria que deveria ter desaparecido há anos devido a ser ameaça à paz mundial, afirmou no sábado (19) Le Yucheng, vice-ministro das Relações Exteriores da China.
Com a crise na Ucrânia representando "a maior tempestade" da atualidade, Le apontou o papel intermediário da China na promoção das negociações entre as diferentes partes, e referiu que Xi Jinping, líder chinês, instou a Joe Biden, seu homólogo dos EUA, a trabalhar em conjunto e abandonar a mentalidade da Guerra Fria.
"Em primeiro, não se pode perseguir a segurança unilateral absoluta", destacou o funcionário da China, sublinhando que a OTAN não devia se ter afastado de suas promessas de não se expandir para leste, e que a "busca da segurança absoluta é justamente a insegurança absoluta".
"O bloco militar é um remanescente da Guerra Fria, e, com a desintegração da União Soviética, a OTAN e o Pacto de Varsóvia deveriam ter passado à história nesse mesmo instante. No entanto, em vez de se dissolver, a OTAN continuou se fortalecendo e expandindo. O resultado era de imaginar. A crise na Ucrânia é uma advertência", frisou o vice-ministro das Relações Exteriores chinês.
Ele também criticou o uso de países menores contra maiores potências.
Panorama internacional
OTAN não é bloco econômico e deveria ter sido desmantelada, diz pesquisador
"Ante temores de se verem envolvidos em conflitos que os prejudicarem, os grandes países colocam os países pequenos como 'peões', e até os utilizam para travar guerras por procuração."
Assim, Le Yucheng enfatizou que a globalização não pode ser "militarizada".
"O abuso das sanções, que utilizam a globalização como uma arma, incluindo contra as pessoas no esporte, cultura, artes e entretenimento, terá consequências catastróficas para todo o mundo", advertiu.
Em 24 de fevereiro de 2022 Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou o início de uma operação militar especial para "desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia". O Ministério da Defesa russo sublinha que apenas alvos da infraestrutura militar ucraniana estão sendo atingidos.
Comentar