Ultimamente, as publicações on-line e impressas do jornal da Igreja Universal, chefiada pelo bispo Edir Macedo, têm feito ataques ao PT e ao ex-presidente Lula.
Em um texto do dia 19 de janeiro, intitulado "Qual é o (real) desejo de Lula para o Brasil?", o jornal afirma que o petista "quer uma ditadura comunista para o Brasil a partir de 2023" e que tal ação ficou clara quando Lula "exaltou a ditadura chinesa".
Já em outra publicação do dia 6 de fevereiro, o periódico diz que o plano do Partido dos Trabalhadores para o país "foi tramado em Brasília há duas décadas", mas que para "felicidade geral da nação, esse projeto foi interrompido pelo impeachment do governo de Dilma Rousseff e pela prisão de Lula".
"A ideologia dos partidos de esquerda, como o PT e seus partidos satélites como o PC do B, PSB, PV, Rede e demais, não tem nada a ver com distribuição de renda e igualdade social. Eles almejam o controle das pessoas por meio do Estado, de uma esquerda com viés de ditadura que escravize o povo em troca de assistencialismo. Lula já falou abertamente que deseja estreitar relações com o governo chinês e fazer uma parceria estratégica para dominar a sociedade e o mercado brasileiro", afirma a obra impressa.
Quando faz referência à China, o jornal se remonta às declarações de Lula no começo de janeiro quando disse que houve um "desmonte da educação e da ciência" no Brasil, e que nenhuma nação "conseguiu se desenvolver plenamente sem introduzir políticas de Estado para educação e para ciência e tecnologia".
Por tal fato, o ex-presidente citou Pequim, que "implantou uma política de Estado para desenvolver a ciência, no âmbito de um superministério, e hoje investe mais de US$ 400 bilhões [R$ 2,26 trilhões]". Como consequência do investimento na área, o gigante asiático teria expandido sua tecnologia "5G para comunicação digital antes das potências industriais".
Presidente da República, Jair Bolsonaro recebe os cumprimentos do Bispo Edir Macedo (foto de arquivo)
© Alan Santos / Palácio do Planalto / CCBY 2.0
A amizade entre o bispo Edir Macedo e o presidente Jair Bolsonaro (PL) é bem conhecida. De acordo com a agência Pública, a aliança entre os dois envolve presidência da Câmara, cargos no governo e perdão de dívidas às igrejas.