De acordo com a Folha de São Paulo, a aeronave aterrissou no Chile no dia 18 de março e iniciou o primeiro dos oito voos que fará na região na noite deste domingo (20).
Dentro da fuselagem do Boeing 747SP, está o Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha, conhecido como Sofia, que observará principalmente as Grandes e Pequenas Nuvens de Magalhães. Ambas estão gravitacionalmente ligadas à Via Láctea e eventualmente se fundirão com nossa galáxia em vários bilhões de anos, relata a mídia.
Para que esses e outros objetos sejam captados, a aeronave fará trajetórias diferentes em cada voo, especificamente planejadas para permitir que o telescópio seja apontado para os pontos de interesse dos pesquisadores.
"A colaboração científica, particularmente em astronomia, tem sido a pedra angular da relação EUA-Chile, que remonta ao estabelecimento do Observatório de Cerro Santa Lucia, em Santiago, há mais de 170 anos. A implantação do Sofia da NASA no Chile é o próximo marco empolgante nesse relacionamento, aproximando-nos mais do que nunca das estrelas", afirmou Richard Glenn, encarregado de relações da Embaixada dos EUA no Chile citado pela mídia.
Além das observações da Grande e Pequenas Nuvens de Magalhães, o Sofia observará remanescentes de supernovas para investigar como podem ter contribuído para a abundância de poeira no Universo primitivo.
Segundo a mídia, o projeto é uma parceria entre a NASA e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em alemão). O avião foi fornecido pelos norte-americanos e fica baseado na Califórnia. Os alemães cederam o telescópio e são responsáveis pela manutenção do avião e dos sistemas especiais instalados.
O Boeing 747SP ficará no espaço aéreo sul-americano até o dia 29 de março.