As opções de segurança da Finlândia se resumem a aderir à OTAN ou aumentar a parceria militar com os EUA e a Suécia, afirmou Sauli Niinisto, presidente finlandês.
Em entrevista publicada no domingo (20) no jornal Financial Times, o chefe de Estado da Finlândia apontou a cooperação militar com Washington e Estocolmo como alternativa à filiação na Aliança Atlântica.
Niinisto sugeriu que, embora uma adesão de Helsinque à OTAN "pode [fazer] parecer que já não teremos preocupações", as alternativas incluem riscos que a Finlândia tem de reconhecer, incluindo uma escalada da situação na Ucrânia. No entanto, está claro que agora o posicionamento da Finlândia mudará, indicou ele.
"O ponto de partida é que estamos procurando algo diferente do que continuar assim. Todas essas alternativas têm uma vantagem de que nossa segurança melhorará, ou asseguramos que nossa estabilidade continua, e que podemos ter a certeza que vivemos em um ambiente seguro", disse o alto responsável finlandês ao Financial Times.
Segundo Niinisto, o aumento dos laços com os EUA e a Suécia tem sido discutido em encontros recentes com altos responsáveis desses países.
Durante décadas, a Suécia e a Finlândia não têm estado oficialmente alinhadas com nenhum bloco, mas se juntaram em 1997 com a Áustria à Parceria para a Paz (PIP, na sigla em inglês), uma organização da OTAN, aumentaram nos últimos anos o investimento militar, e a opinião pública se tornou mais favorável a se tornarem Estados-membros da Aliança Atlântica após o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Apesar disso, a liderança de ambos os países nórdicos é mais cautelosa, com a premiê sueca Magdalena Andersson sugerindo que uma adesão à OTAN "desestabilizaria a situação de segurança na Europa".