Um ataque de alta precisão russo contra um shopping nos arredores de Kiev destruiu uma bateria, instalada por militares ucranianos, de sistemas de lançadores múltiplos de foguetes e uma base de depósito de projéteis, comunicou nesta segunda-feira (21) Igor Konashenkov, representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia.
"Foram destruídas na madrugada de 21 de março com armas de alta precisão de grande alcance uma bateria de sistemas de lançadores múltiplos de foguetes e uma base de depósito de seus projéteis em um shopping que não estava funcionando", disse ele.
Ele detalhou que a inteligência russa confirmou através de várias fontes as coordenadas dos sistemas de lançadores múltiplos de foguetes e da base de depósito de projéteis.
"Nas imagens do controle de alvos se vê bem como um sistema de lançadores múltiplos de foguetes chega ao shopping nos arredores de Kiev para se esconder após o último disparo, e para recarregar foguetes", comentou Konashenkov.
Chamando a atenção da mídia ocidental, o major-general russo afirmou que a Rússia demonstrou todas as provas de uso criminoso de instalações civis em áreas residenciais de Kiev e em outras cidades ucranianas pelo regime de nacionalistas para posicionar sistemas de artilharia e foguetes.
Além disso, o major-general da Rússia acrescentou que na região ucraniana de Ivano-Frankovsk foi destruído por um míssil hipersônico Kinzhal lançado a mais de 1.000 quilômetros de distância um armazém de peças ucraniano para os sistemas de mísseis táticos Tochka-U. O míssil teria percorrido a distância em menos de dez minutos.
"Os nacionalistas ucranianos seguem usando quarteirões de cidades e instalações sociais como escudos humanos para colocarem seus sistemas de artilharia e dispararem constantemente contra militares russos. Como exemplo, nos arredores de Kiev, na área de Vinogradar, unidades nacionalistas ucranianas se encobriram durante vários dias com casas e realizaram disparos com sistemas de lançadores múltiplos de foguetes contra militares russos", explicou o major-general da Rússia.
Em 24 de fevereiro, Vladimir Putin, presidente da Rússia, afirmou em um comunicado ao povo russo que Moscou vai prestar apoio militar às repúblicas populares de Donetsk e Lugansk no âmbito dos tratados de amizade e apoio mútuo, e para os proteger de um "genocídio" perpetrado por Kiev.
De acordo com Putin, a Rússia não tem como objetivo ocupar a Ucrânia. O Ministério da Defesa russo assegura que apenas está atingindo alvos militares ucranianos.