Agora, esse mistério pode estar perto de ser desvendado.
A Polícia Federal (PF) suspeita que a arma teria vindo de um esquema ilegal de importação de peças do qual o PM reformado Ronnie Lessa, réu pelo atentado que matou a vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, era cliente.
O plano criminoso, que envolvia o envio de peças dos Estados Unidos, foi desmantelado pelos agentes federais na semana passada na operação Florida Heat.
A suspeita dos investigadores é que as atividades do grupo eram executadas há mais de dez anos.
Segundo o site G1, os diálogos interceptados pela PF indicam que o esquema traficava armamentos pesados, de grossos calibres e capazes de perfurar blindados.
Os investigadores viram semelhanças com o caso do helicóptero. Não há, porém, um inquérito formal apurando tal associação.
Lessa, de acordo com a PF, importava peças para a fabricação manual de armas e trazia o material oriundo da Flórida, nos Estados Unidos, por meio dessa organização criminosa.
Os pagamentos eram feitos pelo acusado de matar Marielle e Anderson em depósitos fracionados de valores inferiores a R$ 10 mil para despistar as autoridades financeiras do Brasil.