De acordo com reportagem do jornal japonês NHK, a Coreia do Norte reforçou seus planos de desenvolver o chamado satélite de reconhecimento. Nos últimos meses o país vem reforçando suas capacidades militares e inclusive realizou dois lançamentos de mísseis, no dia 27 de fevereiro e no dia 5 de março.
Cinco dias após o último teste com mísseis da Coreia do Norte, Washington afirmou que os dois testes foram de um novo sistema de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM). Segundo os EUA, os lançamentos marcam uma "grave escalada" que será punida com novas sanções. Analistas japoneses citados pela NHK também classificaram os mísseis como sendo ICBM.
Um funcionário do departamento de desenvolvimento espacial de Pyongyang divulgou um comunicado, reproduzido pela NHK, em que justifica a realização dos testes com base no direito de realizar desenvolvimentos pacíficos espaciais em seu próprio território soberano e criticou a obstrução de nações imperialistas.
O funcionário também disse que a capacidade de coleta de dados do governo norte-coreano será firmemente estabelecida com a implantação de vários satélites de reconhecimento militar, em órbitas que ligam os pólos norte e sul.
De acordo com a NHK, a Coreia do Norte estaria se preparando para disparar mais mísseis balísticos intercontinentais, disfarçados de satélites de reconhecimento, em função da chegada do aniversário de 110 anos do fundador do país, Kim Il Sung, avô do atual líder do país, Kim Jong Un, no dia 15 de abril.
Em abril de 2018, Pyongyang havia anunciado a suspensão de todos os testes nucleares e de ICBM, antes da cúpula realizada entre Kim Jong Un e o então presidente dos EUA, Donald Trump.