Um novo estudo elaborado pelo cientista planetário Kevin Cannon, da Escola de Minas do Colorado, sugere que o solo de Mercúrio, composto por uma camada de grafite, poderia estar coberto de diamantes devido aos impactos de meteoritos durante milhões de anos.
Os resultados do estudo de Cannon indicam que os impactos dos meteoritos transformaram aproximadamente um terço da superfície de Mercúrio em um grande depósito de diamantes, superando 16 vezes as reservas estimadas no planeta Terra.
O cientista descreveu que o processo de formação dos diamantes se deve ao fato de que o solo foi submetido a pressões e temperaturas muito altas provocadas pelo impacto dos meteoritos, o que provocou o surgimento de crateras, cujos revestimentos de grafite foram atingidos e posteriormente, transformados em diamantes.
Para poder comprovar esta suposição, Cannon desenvolveu modelos computadorizados para simular 4,5 bilhões de anos de impactos sobre o solo de Mercúrio, o que permitiu demonstrar que 300 metros da camada de grafite pode gerar aproximadamente 16 quatrilhões de toneladas de diamantes.
O cientista, citado pela Science News, observou que os impactos posteriores puderam destruir alguns diamantes, porém estes eram "muito limitados", já que o ponto de fissão dos diamantes é superior a quatro mil graus centígrados.