A decisão da Justiça espanhola levou em conta um documento enviado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, e "foi acordado suspender a execução da ordem de extradição do arguido, Hugo Armando Carvajal Barrios".
O mesmo tribunal espanhol havia concordado em extraditar Carvajal em outubro passado, depois que lhe foi negado asilo na Espanha, escreve o portal Prensa.
Nos EUA, o ex-chefe da inteligência venezuelana enfrenta acusações de tráfico de drogas. Em 2011, ele foi acusado de coordenar o embarque de 5,6 toneladas de cocaína da Venezuela para o México. O destino da carga final seria, supostamente, os Estados Unidos.
Autoridades norte-americanas acreditam que Carvajal pode fornecer informações sobre alegadas atividades de tráfico de drogas do presidente Nicolás Maduro. O líder de Estado venezuelano nega as acusações.
De acordo com a investigação norte-americana, o cartel teria operado em coordenação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia a partir de 1999.
Carvajal seria encarregado de "fornecer segurança para proteger esses carregamentos de drogas" da Venezuela para os Estados Unidos.
Em uma entrevista em 2019, o ex-militar negou qualquer envolvimento com o tráfico. A batalha judicial do ex-espião incluiu inúmeros recursos na Justiça, e até mesmo a sua fuga, já que ele passou mais de vinte meses foragido.
Em 2019, ele rompeu com o governo de Maduro, após apoiar publicamente o opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela em fevereiro do mesmo ano. Em seguida, o general se escondeu na Espanha.