Manhã com Sputnik Brasil: destaques desta sexta-feira, 25 de março

Bom dia! A Sputnik Brasil está acompanhando as matérias mais relevantes desta sexta-feira (25), marcada pelo lançamento de míssil da Coreia do Norte sob orientação direta de Kim, pela visita de Biden à Polônia e pela ação de Donald Trump contra Hillary Clinton.
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STF autoriza abertura de inquérito para apurar suspeitas contra Milton Ribeiro

Na quinta-feira (24), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, atendeu o pedido da PGR e autorizou a abertura de um inquérito para investigar o ministro da Educação, Milton Ribeiro. A investigação vai apurar alegações de que o ministro estaria favorecendo pedidos de pastores na liberação de verbas públicas. O caso recebeu atenção pública após o jornal Folha de São Paulo ter divulgado um áudio no qual Milton Ribeiro afirma que repassou, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, recursos do ministério para prefeituras de aliados. A ministra disse também que as notícias-crime tratam-se de "fatos gravíssimos", e estabeleceu que a pasta do ministro e a Controladoria-Geral da União prestassem explicações sobre cronograma das verbas, no prazo de 15 dias.
Ministro da Educação, Milton Ribeiro

Pacheco dá 10 dias para que repasses do orçamento secreto sejam revelados

Todos os parlamentares do Congresso devem revelar em um prazo de dez dias as indicações de emendas que foram realizadas entre 2020 e 2021 por meio do orçamento secreto, estabeleceu na quinta-feira (24) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Em ofício de urgência, o senador explica a necessidade da medida pelo fato de que esgotou o prazo de 90 dias, fixado pelo STF para que os repasses fossem publicados. Na semana passada, a relatora do caso na Corte, Rosa Weber, rejeitou prorrogar o tempo ao Congresso para dar publicidade ao orçamento secreto, não tendo visto motivos razoáveis para a prorrogação. Os parlamentares, entretanto, alegam enfrentar "dificuldades técnicas" para obedecer a ordem do Supremo.
Coletiva de imprensa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na residência oficial da Câmara, Brasília

Biden visita cidade polonesa perto da fronteira ucraniana

Joe Biden, presidente dos EUA, visita hoje (25) Varsóvia após negociações com os aliados em Bruxelas, no quadro da viagem do presidente à Europa, para discutir a resposta à situação humanitária na Ucrânia com seu colega polonês, Andrzej Duda. Dos mais de 3,6 milhões de indivíduos que fugiram da Ucrânia em meio ao conflito, mais de dois milhões chegaram à Polônia. Os Estados Unidos comprometeram-se a aceitar cerca de 100 mil ucranianos e alocar US$ 1 bilhão (R$ 4,83 bilhões) para um novo fundo humanitário. Na sexta-feira (25), os líderes dos países europeus estabeleceram o Fundo Fiduciário de Solidariedade da Ucrânia para a reconstrução do país após o fim da operação especial russa. Conforme o comunicado do Conselho Europeu, os recursos serão encaminhados para "necessidades imediatas" e para "a reconstrução de uma Ucrânia democrática". Além disso, Biden e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen emitiram um comunicado conjunto afirmando estar comprometidos a promover uma cooperação em cibersegurança, incluindo a adoção de medidas para aumentar resiliência cibernética.
Presidente norte-americano, Joe Biden, presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, posam para foto durante cúpula da OTAN em Bruxelas, 24 de março de 2022

Kim Jong-un assiste de perto a novo lançamento do maior míssil Hwasong-17

Kim Jong-un observou de perto o evento-teste do maior míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte, anunciando que os norte-coreanos estão prontos para "confrontação duradoura" com os Estados Unidos, relatou hoje a mídia estatal. O lançamento do Hwasong-17 na quinta-feira (24) foi o primeiro desde 2017 quando Pyongyang lançou os mísseis mais potentes em plena extensão. Os militares sul-coreanos estimaram o raio do míssil no último teste em até 6.200 quilômetros, o que parece ser mais alto e longo do que todos os mísseis já lançados pela Coreia do Norte. O teste do "novo tipo de míssil balístico intercontinental" foi conduzido sob "orientação direta" do líder norte-coreano, informou a KCNA. O novo míssil "tornaria o mundo inteiro claramente consciente do poder das nossas forças armadas estratégicas mais uma vez", disse Kim, conforme a agência, acrescentando que agora o país "está completamente pronto para um confronto de longo prazo com os imperialistas americanos".
Kim Jong-un, líder norte-coreano, afasta-se do que a mídia estatal relata ser um "novo tipo" de míssil balístico intercontinental, 24 de março de 2022

Donald Trump processa Hillary Clinton por alegações de conluio com Rússia

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, processou Hillary Clinton, a Convenção Nacional Democrata e outras pessoas por alegarem falsamente que ele tenha tentado fraudar a eleição presidencial dos EUA de 2016 e por acusar o republicano falsamente de conspirar com a Rússia, segundo os documentos do tribunal revelados na quinta-feira (24). "Agindo em concerto, os réus conspiraram maliciosamente para tecer uma narrativa falsa que seu oponente republicano, Donald J. Trump, estava conspirando com uma soberania estrangeira hostil", alegou o ex-presidente em uma ação enviada à Corte Federal da Flórida. O processo alega "extorsão", uma "conspiração para cometer falsidade prejudicial", entre outras acusações. Segundo a ação, Trump gastou US$ 24 milhões (R$ 115,8 milhões) para "se defender das acusações" e agora pede indenizações compensatórias que triplicam seus gastos.
Presidenciável republicano, Donald Trump, aperta mãos com candidata democrata, Hillary Clinton, durante primeiro debate presidencial na Universidade Hofstra, em Nova York, 26 de setembro de 2016

Sanções dos EUA contra Rússia não atingirão seus objetivos, diz Antonov

O embaixador russo nos EUA, Anatoly Antonov, afirmou nesta sexta-feira (25) que as sanções americanas impostas para minar a economia russa não atingirão seus objetivos. "Não há maneira de pôr o povo russo de joelhos perante a mentira. Ninguém será capaz de forçar-nos a sacrificar o bem da nossa pátria para satisfazer a vontade dos Estados Unidos e de seus aliados", diz o comunicado do embaixador. Enquanto isso, a Europa reconhece que as sanções antirrussas podem prejudicar o próprio Ocidente. Recentemente, o chanceler alemão, Olaf Scholz, admitiu isso. O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, informou hoje que os líderes europeus ordenaram a Comissão Europeia a estudar a eficiência de sanções contra Moscou e considerar restrições adicionais: "Atualmente, a prioridade é fechar os pontos fracos e evitar uma possível evasão às sanções."
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