Em dezembro de 1972, os astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt coletaram rochas e gases enterrados a cerca de dois metros abaixo de um deslizamento de terra.
A amostra foi então selada a vácuo. Este processo, combinado com a profundidade em que as rochas e gases foram coletados, criou uma amostra pristina que hoje poderia fornecer novas informações sobre o nosso satélite natural, Sistema Solar e exploração humana, e que pode até mesmo responder a perguntas sobre a formação da Lua.
"Cada vez que descascamos uma camada, vamos encontrar coisas novas que são desconhecidas para os humanos", disse curador de amostras da Apollo, Ryan Zeigler, sobre a amostra recém-aberta. "As rochas lunares nos contaram muito", acrescentou.
As amostras coletadas pelos astronautas há 50 anos têm sido chave para entender o nosso Sistema Solar.
A amostra recém-aberta, coletada durante a última missão pilotada do programa Apollo à Lua, pode ser particularmente reveladora porque é a primeira amostra onde a NASA coletou gás lunar.
Imagem obtida por meio da tomografia computadorizada de raios X da amostra do solo lunar 73001
© Foto / The University of Texas at Austin
Isto poderia fornecer resposta a uma série de perguntas, incluindo que objeto atingiu a Terra para criar a Lua.
Zeigler disse que é possível que pedaços do objeto que impactou ainda estejam dentro do solo da Lua, e uma vez que a mostra foi coletada ao longo de uma falha geológica, é possível que os gases dentro dela tenham sido emitidos pelo referido objeto.
Nos próximos dois meses, as amostras de rochas serão cortadas em pedaços de meio centímetro para poderem ser estudadas. NASA também enviará amostras de gás para cientistas.