Estes países têm estado preocupados com o potencial levantamento das sanções à República Islâmica e descontentes com a possível remoção do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) da lista de organizações terroristas dos EUA.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, já chegou a Israel para participar de uma cúpula histórica de dois dias. Os ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Egito, Bahrein e Marrocos são esperados no país ainda hoje.
Notícias recentes sugerem que Teerã está perto de fechar um acordo sobre o seu programa nuclear com os EUA e outros países ocidentais.
Se este acordo for concretizado, o Irã compromete-se a suspender a sua atividade nuclear em troca do levantamento da maior parte das sanções impostas por Washington.
A República Islâmica também está exigindo que a Casa Branca remova o IRGC, um ramo das Forças Armadas iranianas, da lista de organizações terroristas, uma medida que os EUA estão seriamente considerando.
Tamam Busafi, analista político do Bahrein, diz que esse desenvolvimento tem deixado os líderes de Israel, Egito, Marrocos e dos países do golfo Pérsico preocupados.
"Parece que os EUA não estão mais comprometidos com o estabelecimento da segurança da região. Washington decidiu negociar com o Irã e fazer concessões sem levar em consideração nossas preocupações. No passado, eles removeram os rebeldes houthis do Iêmen da lista de organizações terroristas. Agora eles estão considerando fazer o mesmo com a Guarda Revolucionária. Este é um problema sério", afirma analista.
Segundo Busafi, é por estas e outras razões que os líderes regionais estão se reunindo em Israel para mostrar que estão formando uma frente conjunta e que não dependem mais da América para proporcionar-lhes segurança.
"É claro que há uma enorme insatisfação com a forma como os EUA estão lidando com o caso iraniano. Suas decisões patéticas levaram os líderes regionais a entender que era hora de tomar as coisas em suas próprias mãos e garantir nossa própria segurança", observa especialista.
Israel e seus vizinhos já deram uma série de passos nessa direção. Tel Aviv e o Egito têm reforçado a cooperação em matéria de segurança.