Segundo aponta o artigo, o líder americano disse que Washington está pronto para ajudar a UE a reduzir a sua dependência do combustível russo.
Ao mesmo tempo, os EUA e a Europa estabeleceram o objetivo de fornecer neste ano ao mercado europeu 15 bilhões de metros cúbicos (bcm) adicionais de gás liquefeito. Mas os detalhes permanecem pouco claros.
Ressalta-se que Moscou fornece à UE 155 bcm de gás por ano, ou cerca de 40% do consumo total do bloco.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou de um "compromisso dos EUA de fornecer" esses volumes no curto prazo, mas o texto final da declaração conjunta diz que os EUA vão "trabalhar com parceiros internacionais e se esforçar para garantir" que essas cargas vão para a Europa neste ano.
No entanto, um funcionário sénior dos EUA explicou que a promessa de fornecer 15 bcm neste ano é realmente apenas um compromisso para tentar convencer empresas na Ásia ou em outras regiões, que estavam esperando cargas de gás no próximo inverno, para em vez disso concordarem em enviar essas cargas de gás à Europa. Segundo o responsável oficial, isso seria uma repetição do que aconteceu no inverno passado.
"Todos os importadores estão pescando abastecimentos na mesma fonte", alertou a Agência Internacional de Energia (AIE). Aumento dos fluxos para o bloco europeu significaria "mercados de GNL excepcionalmente limitados e preços muito elevados".
Contudo, o GNL americano é mais caro do que a alternativa russa e sua entrega à Europa implica a condensação para ser carregado em navios-tanque especiais e sua transformação de volta em gás à chegada às instalações portuárias.
Atualmente, na Europa há duas dezenas de terminais de importação de GNL, mas nenhum na Alemanha, que é um importante local de distribuição de gás. Neste momento, os trabalhos ainda não começaram no principal terminal de GNL da Alemanha, que deve começar a receber gás em 2024.