"Não financiaremos nenhum novo projeto colaborativo com a Rússia por meio de nossas organizações de pesquisa e inovação", disse o ministro da Ciência, George Freeman, em comunicado.
O ministério também suspendeu o diálogo entre governos por meio de sua equipe na rede de ciência e inovação na Rússia, incluindo projetos científicos colaborativos.
Freeman argumentou que as sanções visavam o Estado russo e cientistas ligados ao Kremlin, mas não aqueles com interesses de pesquisa "benignos".
O anúncio vem no bojo de uma gama de sanções à Rússia por parte de países ocidentais, atos que, segundo Vladimir Putin, presidente do país, significam um forte golpe na economia mundial.
O Kremlin sempre condenou as sanções impostas devido à operação militar especial na Ucrânia, chamando-as de uma "guerra econômica sem precedentes" travada contra a Rússia pelo Ocidente.
Moscou classifica a postura agressiva do Ocidente ante a Rússia como muito complicada, sobretudo em relação ao setor energético.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia deve fazer o que for de seu interesse para vencer a "guerra econômica".
Todas as restrições impostas à Rússia pelo Ocidente devido à crise na Ucrânia a transformaram oficialmente na nação mais sancionada do mundo, informou o Castellum.ai, serviço de rastreamento de sanções, no começo deste mês.
De acordo com a plataforma, os Estados Unidos e seus aliados europeus, canadense, australiano e japonês aplicaram 2.778 sanções a empresas, funcionários do governo e empresários russos após a decisão da Rússia de reconhecer as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) como Estados independentes, em 21 de fevereiro, e a subsequente operação militar.