Um novo estudo apresentado por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, acredita que o JWST será capaz de detectar exoplanetas onde poderá existir algum tipo de vida.
Para encontrar esses exoplanetas, os astrônomos buscam por "bioassinaturas", elementos indicativos de potenciais sinais de vida, detectáveis por aparelhos tecnológicos como o novo telescópio espacial James Webb.
"O oxigênio é frequentemente mencionado como uma das melhores bioassinaturas, mas provavelmente será difícil detectar com o JWST", explicou Maggie Thompson, a autora principal do estudo.
O estudo foi publicado na segunda-feira (28) na revista acadêmica Proceedings of the National Academy of Sciences. Os pesquisadores examinaram uma variedade de fontes não biológicas de metano e avaliaram seu potencial para manter uma atmosfera rica com o elemento. Entre essas fontes estão: vulcões, fontes hidrotermais, zonas de subducção tectônica e regiões impactadas por cometas ou asteroides.
"Se você detecta muito metano em um planeta rochoso, normalmente precisa de uma grande fonte para explicar isso. Sabemos que a atividade biológica cria grandes quantidades de metano na Terra, e provavelmente também criou na Terra primitiva, porque produzir metano é uma atividade bastante fácil de realizar metabolicamente", explicou Joshua Krissansen-Totton, um dos cientistas envolvidos no projeto.
O foco dos pesquisadores agora é deixar o processo de identificação do metano como bioassinatura o mais preciso possível, para evitar falsos positivos.
"As atmosferas de exoplanetas rochosos provavelmente vão nos surpreender, e precisamos ser cautelosos em nossas interpretações. Trabalhos futuros devem tentar antecipar e quantificar mecanismos mais incomuns para a produção de metano não biológico", acrescentou Krissansen-Totton.
A expectativa é de que o telescópio espacial James Webb inicie seus trabalhos de observação até o final deste ano.