A Força Aérea dos EUA (USAF, na sigla em inglês) planeja remover 33 caças antigos F-22 Raptor de sua base Tyndall, localizada no estado da Flórida, durante o ano fiscal de 2023, informa o portal Defense News.
Na sexta-feira passada (25), o major-general James Peccia, vice-secretário adjunto da USAF para o orçamento, explicou que atualizar esses caças de quinta geração para que possam resistir em combate custaria cerca de US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 8,5 bilhões) em oito anos.
"Vamos pegar aeronaves operacionais e usá-las para treinamento, mas também podemos levá-las e usá-las em combate", disse o oficial a repórteres. "Estamos tentando modernizar a frota de caças", acrescentou.
Atualização dos modelos recentes
Segundo o portal especializado em assuntos militares, o Pentágono considera que é melhor investir esse dinheiro na atualização dos modelos mais modernos do F-22, equipados com sensores avançados, e na melhoria do F-35A Lightning II, bem como na pesquisa de projetos de aeronaves de combate de última geração sob o programa Next Generation Air Dominance (Próxima Geração de Dominação Aérea).
Ainda de acordo com a mídia, caso o Congresso dos EUA aprove o plano, todas as aeronaves retiradas, exceto três, serão enviadas para a base aérea Davis-Monthan, localizada em Tucson (Arizona), que funciona como um "cemitério de aeronaves". Se concluído, a frota de F-22 Raptor dos EUA seria reduzida de 186 para 153.
A porta-voz da USAF, Ann Stefanek, disse que os F-22 restantes seriam redistribuídos entre os esquadrões Raptor nas bases conjuntas Langley-Eustis, na Virgínia, Pearl Harbor-Hickam, no Havaí, e Elmendorf-Richardson, no Alasca, e a base aérea de Eglin (Flórida).
Plataforma principal de combate ar-ar
O secretário da Força Aérea, Frank Kendall, assegurou que não são esperadas mais "aposentadorias" de seu F-22 no curto prazo, detalhando que este modelo continua sendo sua principal plataforma de combate ar-ar.
A frota Raptor sofreu um total de 26 acidentes entre os anos fiscais de 2011 e 2021, de acordo com o Centro de Segurança da USAF, o que equivale a oito acidentes Classe A e 11 Classe B por 100.000 horas de voo.
Incidentes de Classe A são aqueles que envolvem uma aeronave destruída ou resultam na morte ou invalidez permanente de um piloto e custam pelo menos US$ 2 milhões (cerca de R$ 9,48 milhões). Os sinistros de Classe B são aqueles que causam uma incapacidade parcial ou permanente, ou a hospitalização de pelo menos três pessoas, e cujo custo varia entre US$ 500 mil (cerca de R$ 2,3 milhões) e US$ 2 milhões de dólares.