O presidente continuará no cargo, depois que a oposição falhou em conseguir os 87 votos necessários para a moção de vacância presidencial.
Após mais de seis horas de debate entre oposição e governo, a votação ficou com 55 parlamentares a favor, 54 contra e 19 abstenções.
Dessa forma, o chefe de Estado permanecerá no cargo para o qual foi escolhido por decisão popular. Para sua destituição, era necessário o apoio de 87 parlamentares, número muito distante do obtido pela oposição.
O dia começou com a apresentação do presidente Pedro Castillo em plenário. Ele chegou acompanhado de seis ministros. Depois ele se retirou e deixou seu advogado, José Palomino Manchego, para exercer sua defesa, escreve o jornal La Republica.
Entre polêmicas, a sessão teve que ser suspensa por diversas vezes, razão pela qual só terminou nesta madrugada (29).
Nas últimas semanas, o presidente do Peru denunciou uma suposta movimentação golpista no país contra seu governo. Recentemente, ministros foram acusados de falta de preparo para suas funções. Após as pressões, o presidente decidiu fazer profundas mudanças.
As mexidas deflagraram uma crise institucional. Grupos de oposição pressionaram o chefe de Estado a renunciar por suposto "despreparo" ou "incapacidade moral" para exercer a liderança do país.
O então candidato presidencial do Peru Pedro Castillo dirige-se a apoiadores na sede do partido Peru Livre, em Lima, 15 de junho de 2021.
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