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Bolsonaro faz motociata no RN e volta a atacar Judiciário em relação às eleições

Segundo presidente, "não serão dois ou três que decidirão como serão contados os votos" das eleições de 2022. Quando fala dois ou três, Bolsonaro se refere aos ministros do TSE.
Sputnik
Nesta quarta-feira (30), durante discurso em evento na cidade de Parnamirim, na região metropolitana de Natal (RN), o presidente, Jair Bolsonaro (PL) voltou a ameaçar o Judiciário sobre o resultado das eleições deste ano, segundo a Folha de São Paulo.
O mandatário disse que os votos serão contados, sem explicar como, já que o voto impresso foi derrubado pelo Congresso.

"Podem ter certeza que, por ocasião das eleições de 2022, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos", afirmou o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, em referência a Luís Roberto Barroso, ex-presidente do tribunal e ao ministro Alexandre de Moraes, segundo a mídia.

Bolsonaro ainda reiterou que defenderá "a democracia, a liberdade e faremos até com sacrifício da nossa vida para que esses direitos sejam relevantes e cumpridos pelo nosso país".
O chefe de Estado está no Rio Grande do Norte para participar de eventos e durante sua estada realizou uma motociata e cavalgada com seus apoiadores.
Bolsonaro acena para apoiadores no fim de motociata no Rio Grande do Norte, 30 de março de 2022
Ainda durante o discurso, o presidente voltou a adotar o tom de que a disputa eleitoral de 2022 será um pleito "do bem contra o mal".
"Cada vez mais a população entende quem está do lado do bem e quem está do lado do mal. Não é de esquerda contra direita, é de bem contra o mal. E o bem sempre venceu. E o bem vencerá. O bem está ao lado da maioria da população brasileira."
Segundo ele, "pouquíssimas pessoas podem muito em Brasília, mas nenhuma delas pode tudo".
Bolsonaro já questionou algumas vezes o sistema eleitoral brasileiro e levantou dúvidas sobre o uso das urnas eletrônicas, atacando diretamente o TSE e alguns ministros do Supremo.
Entretanto, desde setembro passado – quando diante da reação dos Poderes contra suas declarações divulgou uma nota na qual afirmava que não teve "nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes" – o mandatário estava mais comedido sobre o assunto em seus discursos.
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