A intervenção norte-americana na indústria de defesa do Irã acontece em meio aos constantes ataques com mísseis em países da região, principalmente no Iêmen, no Iraque e em Israel.
Segundo comunicado divulgado pelo Departamento do Tesouro dos EUA, as ações são uma resposta aos ataques de mísseis do Irã a Arbil, no Iraque, e de um ataque de mísseis houthis ("apoiados pelo Irã") contra uma instalação de petróleo saudita.
Hoje [30], a OFAC [Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, na sigla em inglês] sancionou um agente baseado no Irã e sua rede de empresas que adquiriram materiais de mísseis balísticos para o IRGC [Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica]. Esta ação reforça o compromisso dos EUA de impedir o desenvolvimento e o uso de mísseis balísticos avançados pelo regime iraniano.
Os EUA disseram ainda que as sanções visam o empresário iraniano Mohammad Ali Hosseini. Ele é acusado de adquirir propulsores de mísseis balísticos e materiais relacionados em apoio ao programa de mísseis do Irã.
O Tesouro o acusou de adquirir materiais para o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), responsável pelo programa de mísseis iraniano.
As empresas atingidas pelas sanções incluem a Jestar Sanat Delijan, com sede no Irã, e a Sina Composite Delijan Co.
Também foi sancionada a PB Sadr Co, que o Tesouro acusou de agir em nome da Parchin Chemical Industries, um elemento da Organização das Indústrias de Defesa do Irã, também sob sanções dos EUA.
No último dia 18, ataques mútuos de mísseis por parte do Irã e de Israel, realizados sobre os territórios do Iraque e da Síria, "colocaram em perigo as forças americanas", disse o chefe do Comando Central dos EUA, o general Frank McKenzie.
No pronunciamento, ele ressaltou que vários mísseis iranianos caíram perto do consulado norte-americano em Arbil, capital do Curdistão iraquiano. Teerã reivindicou o ataque e detalhou que os mísseis alvejaram um centro de espionagem israelense.
O bombardeio ocorreu depois que a república islâmica avisou que retaliaria um ataque israelense perpetrado contra uma área perto de Damasco, na Síria, que vitimou dois membros do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica.
Além disso, na ocasião, o general qualificou o Irã como o maior desafio para os EUA no Oriente Médio.