Comissão investiga troca na presidência da Petrobras
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) instaurou um processo administrativo após vazamento de informações sobre a demissão do general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras. A investigação visa apurar se o mercado de ações já sabia da demissão do presidente da estatal antes de o pregão ter sido fechado. Na segunda-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro destituiu o general da presidência da estatal, em meio às críticas relacionadas à alta dos combustíveis. A nova candidatura ao posto, Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, foi anunciada no mesmo dia pelo Ministério de Minas e Energia. Ontem (29), Silva e Luna afirmou em evento que a Petrobras "não tem lugar para aventureiros", mas não citou a decisão do chefe da República. Por sua vez, em sua conversa com o novo presidente da Petrobras, Bolsonaro prometeu privatizar a estatal se for reeleito.
Alvo do processo disciplinar, Arthur do Val se filia ao União Brasil
Nesta terça-feira (29), o deputado estadual Arthur do Val filiou-se ao partido União Brasil, a fusão do Democratas com o PSL. A filiação ocorreu menos de um mês depois que ele deixou o Podemos por escândalo de áudios vazados, no dia 8 de março. Nos áudios gravados durante uma viagem à Ucrânia em conflito, Arthur do Val afirmou que as "ucranianas são fáceis porque são pobres". Sua declaração gerou repercussão na sociedade. A sigla abriu um processo interno no Conselho de Ética contra o deputado por conta de suas palavras, e logo depois o parlamentar foi desfiliado do Podemos. Além disso, o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) também abriu um processo disciplinar contra ele, que vai definir brevemente a pena mais adequada.
Deputado estadual Arthur do Val durante entrevista à Folha em São Paulo em 2019
© Folhapress / Eduardo Knapp
Relações entre Pequim e Moscou têm resistido a desafios, diz chefe da diplomacia chinesa a Lavrov
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, chegou hoje, quarta-feira (30) ao distrito chinês de Tunxi, no âmbito de uma visita oficial de dois dias ao país asiático. A agenda inclui a participação do chanceler na 3ª Reunião de Ministros do Exterior dos Países Vizinhos do Afeganistão, entre outros. Hoje, o dia será dedicado aos encontros bilaterais. "Desde o início deste ano, as relações entre a China e a Rússia têm resistido a novos testes de mudanças graves no cenário internacional, e têm mantido a direção certa e uma tendência de desenvolvimento constante", constatou o chanceler chinês, Wang Yi, durante a reunião com Lavrov. Além disso, os ministros de ambos os países ressaltaram que as sanções unilaterais ilegais impostas à Rússia pelos EUA e seus aliados são contraproducentes.
Negociações entre Sergei Lavrov e Wang Yi começaram na China
Blinken: situação em torno da Ucrânia cria problemas em todo o mundo
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que a situação em torno da Ucrânia cria problemas com o comércio de alimentos e os preços da energia no mundo. "Agora temos problemas com os fluxos alimentares [...] as exportações de produtos agrícolas estão agora em jogo [...] Especialmente o trigo. Os agricultores na Ucrânia são forçados a lutar pelo seu país ou a fugir. A colheita não está concluída e as exportações estão bloqueadas nos portos do sul da Ucrânia. Isso cria um problema em todo o mundo. Os preços da energia são outro problema", disse Blinken em entrevista divulgada pelo Departamento de Estado. "A Europa está muito focada na ideia de que precisamos agora de diversificar [os fornecimentos] do gás e do petróleo russos, porque a Rússia está, infelizmente, a utilizá-los como um instrumento político", acrescentou. O embaixador russo em Washington, Anatoly Antonov, refutou entretanto as acusações de a Rússia ser culpada pela crise alimentar tanto na Ucrânia como no mundo, e desmentiu "as insinuações de que nossas Forças Armadas teriam destruído infraestrutura civil e navios com alimentos destinados a exportação", feitas pela vice de Blinken.
Menina com arco de cabelo nas cores da bandeira ucraniana na estação ferroviária em Berlim, Alemanha, 29 de março de 2022
© REUTERS / FABRIZIO BENSCH
Premiê de Israel avisa sobre 'onda de terrorismo árabe' após tiroteio que deixou 5 mortos perto de Tel Aviv
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, avisou sobre "uma onda do terrorismo assassino árabe" na véspera dos funerais nesta quarta-feira (30) de duas das cinco vítimas mortais em um tiroteio em uma cidade ultrarreligiosa. O incidente em Bnei Brak, cidade costeira perto de Tel Aviv, que matou quatro civis e um policial, é o terceiro caso de ataques fatais na última semana. Um atirador armado com fuzil de assalto abriu fogo contra civis na rua Hashnayim em Bnei Brak, matando vários civis, segundo a Polícia de Israel. Logo depois, ele foi neutralizado pelos policiais. Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque. Mas a mídia israelense disse que o perpetrador era um palestino da Cisjordânia ocupada por Israel, que passou quatro anos nas prisões do Estado judeu.
Especialistas forenses da polícia israelense trabalham no local de ataque fatal a tiros em Bnei Brak, perto de Tel Aviv, Israel, 29 de março de 2022
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Rainha Elizabeth II participa de serviço em homenagem ao falecido príncipe Philip
Nesta terça-feira (29), a rainha Elizabeth II fez sua primeira grande aparição pública em meses, em um serviço religioso em homenagem ao seu marido, príncipe Philip, que morreu no ano passado aos 99 anos. A monarca, que terá 96 anos em abril, parecia emocionada durante o serviço na Abadia de Westminster. Ela foi acompanhada pelo seu filho Andrew, o que gerou questões. Foi a primeira aparição pública de Andrew desde que resolveu uma ação civil dos EUA por abuso sexual, após indignação pública por sua amizade com o agressor sexual condenado Jeffrey Epstein. A grande congregação de 1.800 pessoas foi um forte contraste com o serviço funerário do Duque de Edimburgo em abril passado, onde apenas 30 pessoas foram permitidas devido às restrições do coronavírus. O evento de ontem incluía elementos dos planos originais do funeral de Philip. A família real britânica compareceu, com o príncipe Charles sentado ao lado de sua mãe e o príncipe William logo atrás dela. As ausências mais notáveis foram o duque e a duquesa de Sussex.
Serviço em homenagem ao príncipe Philip, marido da rainha britânica Elizabeth II, na Abadia de Westminster, Reino Unido, 29 de março de 2022
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