Panorama internacional

Alemanha mantém programa biológico-militar na Ucrânia, afirma diplomata russo

A Alemanha está "realizando seu próprio programa biológico-militar no território da Ucrânia", declarou Gennady Gatilov, representante permanente da Rússia na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, nesta quinta-feira (31).
Sputnik
Diante do corpo diplomático internacional, Gatilov afirmou que há documentos que demonstram as atividades germânicas dentro do país.
O funcionário russo ressaltou ainda que o programa pode ser igualmente perigoso e similar aos experimentos biológicos realizados pelos Estados Unidos.
O embaixador russo Gennady Gatilov, representante permanente da Federação da Rússia nas Nações Unidas, fala na abertura de uma sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, em 28 de fevereiro de 2022.
Em seu discurso na sessão plenária da Conferência de Desarmamento da ONU, Gatilov informou que o programa alemão consiste em um estudo do potencial de algumas doenças letais, como a febre hemorrágica da Crimeia-Congo.

"As atividades da Alemanha, previamente desconhecidas para o público geral, representam a mesma ameaça dos experimentos biológicos dos Estados Unidos e requerem uma examinação detalhada", enfatizou o representante russo.

Defesa russa divulga nomes de funcionários dos EUA envolvidos com armas biológicas

Nesta quinta-feira (31), o Ministério da Defesa da Rússia revelou nomes de funcionários dos EUA envolvidos na criação de componentes de armas biológicas na Ucrânia.
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Entre eles está Robert Pope, que foi diretor do Programa Cooperativo de Redução de Ameaças do Escritório de Redução de Ameaças do Departamento de Defesa (DTRA, na sigla em inglês) dos EUA.
Segundo o ministério, o objetivo desse programa era atrair os Estados pós-soviéticos para uma possível guerra biológica.
Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, informou que Pope liderou a ideia de criar um "depósito central de microrganismos especialmente perigosos em Kiev".
Joanna Wintrall, chefe do DTRA na Embaixada dos EUA em Kiev, liderou a coordenação de projetos biológicos militares em território ucraniano.

"Foi sob sua supervisão direta [de Joanna Wintrall] que experimentos com patógenos mortais no âmbito dos projetos UP-4, UP-6 e UP-8 foram implementados na Ucrânia, incluindo os [...] do antraz, da febre hemorrágica da Crimeia-Congo e da leptospirose", disse a Defesa.

Além de Wintrall, Lance Lippencott, diretor de programa da divisão ucraniana da empresa Black & Veatch, atuou como o principal contato de funcionários dos ministérios da Defesa e da Saúde ucranianos.
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A Black & Veatch trabalha com o interesse do Pentágono desde 2008 como parte inerente de projetos que estudam bioagentes potencialmente perigosos. Entre eles estava o projeto UP-1, para estudar os microrganismos rickéttsia e o vírus da encefalite transmitida por carrapatos a artrópodes no noroeste do país.
No decorrer do projeto UP-2, a empresa introduziu um sistema de monitoramento remoto da incidência de tularemia e antraz em instalações biológicas ucranianas, disse Konashenkov.
"As questões de biomonitoramento e transferência de informações foram supervisionadas por David Mustra, que está intimamente associado a outro contratado do Pentágono, Metabiota. Anteriormente, ele liderou bioprojetos militares na Ucrânia e no Leste Europeu como parte do Programa Cooperativo de Redução de Ameaças", acrescentou.
As correspondências condenatórias recém-fornecidas chegam em um momento no qual os militares russos têm revelado pesquisas sobre patógenos mortais sendo conduzidas em laboratórios ucranianos sob a direção do Pentágono e com financiamento dos EUA.
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