A OTAN provavelmente precisará de aumentar sua presença no Leste Europeu, disse Tod Wolters, general da Força Aérea dos EUA e comandante aliado supremo da Europa (SACEUR, na sigla em inglês), citado pelo portal Military.com.
"O que precisamos de uma perspectiva de força dos EUA é olhar para o que está acontecendo na Europa a seguir ao fim do cenário Ucrânia-Rússia, e examinar as contribuições europeias, e, com base na amplitude e profundidade das contribuições europeias, estarmos preparados para ajustar as contribuições dos EUA", afirmou na terça-feira (29) Wolters ao Comitê das Forças Armadas do Senado dos EUA.
"Obviamente, há sempre uma mistura entre o requerimento permanente contra rotacional, e há vantagens e desvantagens de cada um deles. Teremos de continuar examinando as contribuições europeias para tomar uma decisão inteligente sobre onde ir no futuro", acrescentou ele.
Os EUA têm enviado milhares de tropas à Europa desde o final de fevereiro, em resposta à operação militar especial da Rússia no território ucraniano para parar o genocídio da população russófona em Donbass e evitar que a Ucrânia se torne um posto avançado de onde seja possível atacar o vizinho a leste. Embora a OTAN se tenha recusado defender diretamente o governo de Kiev, a Aliança Atlântica afirmou ser necessário proteger o território dos Estados-membros, alguns dos quais fazem fronteira com a Ucrânia.
Segundo Walters, o número de tropas dos EUA na Europa aumentou de 60.000 para 102.000 sob seu comando. Em comparação, Washington tinha 305.000 militares na Europa no final da Guerra Fria, a maior parte dos quais estava na Alemanha Ocidental.