Muitas pessoas que vivem perto da base de caças em Orland, condado de Trondelag, Noruega, acreditam que o ruído vindo dos jatos de quinta geração F-35 é tão grande que eles demandam um processo legal exigindo compensação do Estado.
Um total de 220 pessoas fez a queixa, que será submetida após a Páscoa, em 17 de abril. Eles acreditam que o barulho produzido pelos caças F-35, que têm motores mais potentes e níveis de ruído correspondentemente maiores que os dos F-16, reduz o valor das propriedades.
"Temos estado preocupados que a intensidade do barulho das aeronaves deve ser melhor refletida nos cálculos que têm sido feitos. Cremos que agora conseguimos isso. Enviamos anteriormente um aviso de procedimento e enviaremos um processo legal contra o Estado, onde demandamos compensação de acordo com o Ato de Vizinhança", revelou na quarta-feira (30) o advogado Arild Paulsen à emissora NRK.
"As verdadeiras desvantagens do barulho são melhor descritas pelos cálculos de ruído que mostram o número de incidentes por dia acima de certos níveis e duração de tais incidentes", sublinhou ele.
Segundo os cálculos do grupo, a quantidade de barulho acima de 60 dB subiu três vezes em comparação com 2010, antes do negócio dos F-35, enquanto o ruído acima do limiar de 67 dB aumentou quatro vezes. Paulsen citou ainda um precedente de 2006, em que se ofereceu compensação de 200.000 a 300.000 coroas norueguesas (R$ 109.701,62 a R$ 164.552,43) por domicílio afetado devido ao barulho do Aeroporto de Gardermoen, em Oslo, Noruega.
Até agora a Noruega recebeu 24 caças F-35, sendo que mais dez estão sendo usados para treinar pilotos noruegueses nos EUA. É planejado que o país nórdico compre um total de 52 dessas aeronaves, sendo assim a maior aquisição militar na história do país.
Problemas semelhantes com o ruído de aviões F-35 já ocorreram na Dinamarca.